VICENTE Lino, considerado o "homem forte" do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD) na Zambézia, abandonou a sua formação política e filiou-se à Frelimo por, alegadamente onstatado um vazio de agenda na sua anterior agremiação.
Vicente Lino chamou ontem a Imprensa, em Quelimane e denunciou alegadas irregularidades no seio do PDD que, segundo afirmou, resumem-se na marginalização dos seus membros e simpatizantes a vários níveis, para além do que chamou de falta de reconhecimento pela cúpula do partido, do esforço que estes realizam na base.
Durante as últimas eleições legislativas e presidências, Vicente Lino arrastou milhares de simpatizantes para a formação em que militava nos distritos de Mocuba, Ile, Gúruè e Alto Molócue, facto que terá reduzido alguma influência dos partidos Frelimo e da Renamo naquelas regiões da província da Zambézia.
O dissidente informou que sempre pensou que o PDD fosse, de facto, uma alternativa ao partido no poder. Acrescentou, porém, ter chegado à conclusão de que o partido liderado por Raul Domingos, só tem expressão e visibilidade quando se avizinham processos eleitorais.
"O PDD aparentou ser um partido sério, mas até hoje, tem vindo a provar o contrário. Muitos membros como eu dirão que nada de sério existe e que os militantes e quadros não são valorizados pela liderança".
Disse que a sua decisão não foi tomada emocionalmente, explicando ter feito consultas a "pessoas politicamente adultas", para além de ter informado desta intenção ao presidente do partido, Raul Domingos, através de ofícios e conversas telefónicas, passam já dois anos.
Na zona norte da Zambézia, Vicente Lino, é reconhecido como um grande mobilizador político pela sua capacidade de persuasão popular. Por essa razão chegou a afirmar a jornalistas que "as portas em Mocuba, Guruè, Ile e Alto Molócue estão praticamente fechadas em termos políticos para o PDD e a minha decisão de abandonar o partido e filiar-me à Frelimo poderá colher de surpresa muitos membros e simpatizantes do PDD. Mas prometo descer às bases e explicar as pessoas que militam no meu anterior partido, que fomos enganados e que o partido em Moçambique é apenas um, a Frelimo".
Vicente Lino integrou-se ao partido, poder em 1993, na Escola Secundária da Frelimo, no distrito de Ribáuè, na província de Nampula.
Desde 2002 foi coordenador das actividades do Instituto para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, associação cívica que mais tarde veio a transformar-se no actual PDD. Desde então conseguiu granjear a simpatia de milhares de eleitores no norte da Zambézia, facto que provocou uma dispersão de votos nas eleições passadas.
"Peço desculpas a todos os membros da Frelimo até ao mais alto nível. Não gostaria que me vissem como um filho pródigo, mas realmente um membro que foi seduzido e abandonado no meio da rua, que hoje vem a público reconhecer a sua falha", disse.
Um dirigente sénior do partido em Maputo escusou-se a comentar a atitude de Vicente Lino, afirmando apenas que "no seio do PDD as pessoas são livres de se filiarem em qualquer partido que quiserem. Nós somos um partido democrático e assumimos com naturalidade, qualquer que seja a dissidência".
Fonte Notícias (2006-12-22)
Vicente Lino chamou ontem a Imprensa, em Quelimane e denunciou alegadas irregularidades no seio do PDD que, segundo afirmou, resumem-se na marginalização dos seus membros e simpatizantes a vários níveis, para além do que chamou de falta de reconhecimento pela cúpula do partido, do esforço que estes realizam na base.
Durante as últimas eleições legislativas e presidências, Vicente Lino arrastou milhares de simpatizantes para a formação em que militava nos distritos de Mocuba, Ile, Gúruè e Alto Molócue, facto que terá reduzido alguma influência dos partidos Frelimo e da Renamo naquelas regiões da província da Zambézia.
O dissidente informou que sempre pensou que o PDD fosse, de facto, uma alternativa ao partido no poder. Acrescentou, porém, ter chegado à conclusão de que o partido liderado por Raul Domingos, só tem expressão e visibilidade quando se avizinham processos eleitorais.
"O PDD aparentou ser um partido sério, mas até hoje, tem vindo a provar o contrário. Muitos membros como eu dirão que nada de sério existe e que os militantes e quadros não são valorizados pela liderança".
Disse que a sua decisão não foi tomada emocionalmente, explicando ter feito consultas a "pessoas politicamente adultas", para além de ter informado desta intenção ao presidente do partido, Raul Domingos, através de ofícios e conversas telefónicas, passam já dois anos.
Na zona norte da Zambézia, Vicente Lino, é reconhecido como um grande mobilizador político pela sua capacidade de persuasão popular. Por essa razão chegou a afirmar a jornalistas que "as portas em Mocuba, Guruè, Ile e Alto Molócue estão praticamente fechadas em termos políticos para o PDD e a minha decisão de abandonar o partido e filiar-me à Frelimo poderá colher de surpresa muitos membros e simpatizantes do PDD. Mas prometo descer às bases e explicar as pessoas que militam no meu anterior partido, que fomos enganados e que o partido em Moçambique é apenas um, a Frelimo".
Vicente Lino integrou-se ao partido, poder em 1993, na Escola Secundária da Frelimo, no distrito de Ribáuè, na província de Nampula.
Desde 2002 foi coordenador das actividades do Instituto para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, associação cívica que mais tarde veio a transformar-se no actual PDD. Desde então conseguiu granjear a simpatia de milhares de eleitores no norte da Zambézia, facto que provocou uma dispersão de votos nas eleições passadas.
"Peço desculpas a todos os membros da Frelimo até ao mais alto nível. Não gostaria que me vissem como um filho pródigo, mas realmente um membro que foi seduzido e abandonado no meio da rua, que hoje vem a público reconhecer a sua falha", disse.
Um dirigente sénior do partido em Maputo escusou-se a comentar a atitude de Vicente Lino, afirmando apenas que "no seio do PDD as pessoas são livres de se filiarem em qualquer partido que quiserem. Nós somos um partido democrático e assumimos com naturalidade, qualquer que seja a dissidência".
Fonte Notícias (2006-12-22)
Nota da CME: Este senhor foi ao PDD com uma missão...
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