segunda-feira, dezembro 11, 2006

Lula pede “favor” a Guebuza e CVRD paga “6 milhões/USD”

A Companhia Vale do Rio Doce, entrou em Abril numa jogada que levou à intermediação do presidente brasileiro e um dos cinco ícones da dita “esquerda” na América Latina, Lula da Silva, junto do presidente da República de Moçambique e do partido Frelimo, Armando Emílio Guebuza. Por ter aceite tratar a brasileira CVRD do mesmo jeito que a interesses da República Popular da China, o favor de Guebuza foi pago por “6 milhões de USD”.
O governo de Guebuza/Luísa Diogo preparava-se para tratar de forma diferenciada interesses da República Popular da China concorrentes com os da CVRD, no carvão em Tete (Moatize). Lula “falou” com Guebuza e “6 milhões/USD” foi quanto depois valeu o “favor”.
Lula da Silva “telefonou a Armando Guebuza” a pedido do presidente da Companhia do Vale do Rio Doce, Roger Agneli, que esteve em Brasília para um encontro com o presidente brasileiro a quem se “queixou do governo de Moçambique”.
A queixa objectiva foi que “o governo de Moçambique oferecera incentivos fiscais a mineradoras chinesas para explorar jazidas próximas à explorada pela Vale – e pela qual sem incentivo algum, a Vale pagou 120 milhões de dólares ao governo moçambicano”.
CVRD achava-se discriminada
“A empresa (CVRD) achava que estava sendo discriminada, pois concorria com os chineses em condições desiguais, mas o governo de Moçambique não lhe dava ouvidos”, escreve o jornalista Otávio Cabral na revista “Veja” num artigo em que se refere ao presidente do Brasil, o ex-lider sindical e do Partido do Trabalho (PT) como “um bom vendedor”.
O jornalista afirma peremptoriamente que “é sabido que Lula telefonou para o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, mas não se conhece o conteúdo da conversa que tiveram”.
Acrescenta Otávio Cabral, que “o certo é que, depois do telefonema, os benefícios fiscais concedidos às mineradoras da China foram cancelados – e a Vale (CVRD), agradecida pelo restabelecimento da igualdade da concorrência, doou 6 milhões de dólares a programas sociais destinados à população pobre na região das jazidas”.
A CVRD, em Maputo, entregou a semana passada à ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, o estudo de viabilidade da exploração do carvão de Moatize em Tete.
Desconhece-se até aqui onde o governo terá feito a aplicação dos 6 milhões/USD referidos pela revista “Veja”, uma das mais divulgadas e conceituadas publicações do Brasil.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 01.12.2006

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