André Mathadi Matsangaice: O Herói Especial
Por Linette Olofsson
Era preciso impulsionar um Estado Pluralista.
Era preciso munir-se de aspiração para a luta;
Vencer o inimigo (o totalitarismo);
Provar ao totalitarismo que nós existimos por direito natural.
Hoje, para uns, a causa pela qual ele deu a vida, significou uma ruptura com o sentido de cidadania.
É que a cidadania, traduzia-se na anti-cidadania quando não se aceitasse os dogmas do totalitariamo;
O não aceitar o totalitarismo da Frelimo reduziu-nos, à nós outros moçambicanos, em não-cidadãos, o que, por outras palavras, ser cidadão moçambicano significava sermos todos da Frelimo.
A formação do “homem novo” frelimista, com orientação comunista, veio destruir a sociedade tradicional moçambicana. Todos tinhamos que ser combatentes do afrocomunismo que nem conheciamos, um comunismo com cores africanas.
E transformamos, nós, o nosso Moçambique, num palco de actos criminosos cometidos no mundo comunista, desde assassinatos individuais à massacres em massa, em nome duma independência que negamos a nós mesmos.
Eis que os homems se levantam contra si mesmos; eis que Matsangaice, o nosso Herói da Segunda Luta Libertação Nacional, oferece-se para a luta pela libertação então negada; dá, no verdadeiro sentido da palavra, a sua vida pela causa da concórdia. Este é um combatente e dirigente especial:
Não morre de colarinho ou gravata; nem lendo cartas em gabinetes ou em estâncias de laser; muito menos fora da terra que o viu nascer. O destino havia escrito:
O seu sangue juntar-se-ia ao sangue dos martirizados; juntar-se-ia ao sangue de Joana Simeão, Uria Simango, Silverio Nungu, Casal Ribeiro e de todos outros, num combate de vida ou morte. Aqui no terreno do conflito e não fora dele. E o cordão umbilical então nas entranhas do saibro materno voltou a receber a carne e o sangue de que havia se separado passavam 27 anos. Quis o destino que tudo se desse em Outubro. O Outubro em que cinco anos depois, longe da terra-amada, apagaria-se o totalitário-mor, cujo sangue os deuses negaram que se vertesse e se misturasse com o sangue dos puros martirizados. As causas eram diferentes!
Recordamos um combatente e comandante especial, André Matadhi Matsangaice;
Recordamos um jovem que, com cerca dos 27 anos, enfrentou os dogmas de um Estado que se pretendia independente;
Recordamos um homem que fez frente a um regime totalitário e ditatorial imposto ao povo moçambicano;
Recordamos um jovem que desafiou um enfermeiro auxiliar; um general na luta de libertação Nacional que, em conluio com os seus, violou os estatutos de um movimento que a todos pertencia.
Vamos estudar e aprofundar a heroicidade de André Matatdhi Matsangaice;
Não há guerra alguma no mundo que dispare cravos e rosas,
A nossa guerra semeou mortes porque assim a concórdia negada o exigiu;
A nossa guerra semeou luto porque assim a liberdade negada o exigiu;
E a liberdade negada foi o direito de associarmo-nos e formarmos nossas mediacoops;
A liberdade negada foi associarmo-nos e politicamente fazermos ouvir nossas vozes;
A liberdade negada foi até o direito de comprarmos esferograficas a um milhão de meticais em ocasiões especiais, sem que isso se transformasse em crime de lesa-pátria;
A liberdade negada foi o direito de sermos donos do nosso destino.
Apenas isso.
Só combatentes especiais é que conquistam essas liberdades.
Por Linette Olofsson
Era preciso impulsionar um Estado Pluralista.
Era preciso munir-se de aspiração para a luta;
Vencer o inimigo (o totalitarismo);
Provar ao totalitarismo que nós existimos por direito natural.
Hoje, para uns, a causa pela qual ele deu a vida, significou uma ruptura com o sentido de cidadania.
É que a cidadania, traduzia-se na anti-cidadania quando não se aceitasse os dogmas do totalitariamo;
O não aceitar o totalitarismo da Frelimo reduziu-nos, à nós outros moçambicanos, em não-cidadãos, o que, por outras palavras, ser cidadão moçambicano significava sermos todos da Frelimo.
A formação do “homem novo” frelimista, com orientação comunista, veio destruir a sociedade tradicional moçambicana. Todos tinhamos que ser combatentes do afrocomunismo que nem conheciamos, um comunismo com cores africanas.
E transformamos, nós, o nosso Moçambique, num palco de actos criminosos cometidos no mundo comunista, desde assassinatos individuais à massacres em massa, em nome duma independência que negamos a nós mesmos.
Eis que os homems se levantam contra si mesmos; eis que Matsangaice, o nosso Herói da Segunda Luta Libertação Nacional, oferece-se para a luta pela libertação então negada; dá, no verdadeiro sentido da palavra, a sua vida pela causa da concórdia. Este é um combatente e dirigente especial:
Não morre de colarinho ou gravata; nem lendo cartas em gabinetes ou em estâncias de laser; muito menos fora da terra que o viu nascer. O destino havia escrito:
O seu sangue juntar-se-ia ao sangue dos martirizados; juntar-se-ia ao sangue de Joana Simeão, Uria Simango, Silverio Nungu, Casal Ribeiro e de todos outros, num combate de vida ou morte. Aqui no terreno do conflito e não fora dele. E o cordão umbilical então nas entranhas do saibro materno voltou a receber a carne e o sangue de que havia se separado passavam 27 anos. Quis o destino que tudo se desse em Outubro. O Outubro em que cinco anos depois, longe da terra-amada, apagaria-se o totalitário-mor, cujo sangue os deuses negaram que se vertesse e se misturasse com o sangue dos puros martirizados. As causas eram diferentes!
Recordamos um combatente e comandante especial, André Matadhi Matsangaice;
Recordamos um jovem que, com cerca dos 27 anos, enfrentou os dogmas de um Estado que se pretendia independente;
Recordamos um homem que fez frente a um regime totalitário e ditatorial imposto ao povo moçambicano;
Recordamos um jovem que desafiou um enfermeiro auxiliar; um general na luta de libertação Nacional que, em conluio com os seus, violou os estatutos de um movimento que a todos pertencia.
Vamos estudar e aprofundar a heroicidade de André Matatdhi Matsangaice;
Não há guerra alguma no mundo que dispare cravos e rosas,
A nossa guerra semeou mortes porque assim a concórdia negada o exigiu;
A nossa guerra semeou luto porque assim a liberdade negada o exigiu;
E a liberdade negada foi o direito de associarmo-nos e formarmos nossas mediacoops;
A liberdade negada foi associarmo-nos e politicamente fazermos ouvir nossas vozes;
A liberdade negada foi até o direito de comprarmos esferograficas a um milhão de meticais em ocasiões especiais, sem que isso se transformasse em crime de lesa-pátria;
A liberdade negada foi o direito de sermos donos do nosso destino.
Apenas isso.
Só combatentes especiais é que conquistam essas liberdades.
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