O deputado da Renamo União Eleitoral Rahil Khan defendeu, domingo último, no programa Pontos de Vista, difundido pela estação televisiva Stv, que o partido Frelimo usou de forma abusiva os meios do Estado, com vista, a realização do IX congresso daquela formação partidária que se encontra no poder há mais de 30 anos.
Para a Renamo os transportes, as instalações e as verbas do Estado foram confundidos pela Frelimo como bens do partido.
Khan acrescentou, igualmente que a mesma prerrogativa usufruída pela Frelimo, não poderia ser admitida a uma outra organização política.
“Notou-se em volta deste IX congresso da Frelimo uma movimentação muito grande de instituições do Estado. Esta atitude não é boa em democracia, porque se outro partido se não a Frelimo fazer a solicitação do mesmo apoio, de certeza que não será autorizado” garantiu Rahil Khan.
Num outro desenvolvimento e no âmbito da nomeação de Armando Guebuza e Filipe Paúnde para presidente da Frelimo e secretário da mesma organização, respectivamente, Rahil Khan estranhou o facto de não terem surgido outros concorrentes para fazerem frente a Guebuza e Paúnde. “É estranho que não tenha havido um concorrente para a presidência da Frelimo”, Khan julgou ainda que “em democracia não é normal, o normal é ter havido alguém do partido a concorrer”.
Presentes na mesma discussão, os políticos Carlos Jeque e António Frangoulis foram menos contundentes. Se por um lado, Jeque julgou ser aceitável a nomeação dos membros da Comissão Política da Frelimo, por outro, Frangoulis defendeu que é preciso traduzir o discurso em actos concretos.
Frangoulis, antigo director da Polícia de Investigação Criminal, considerou que Guebuza tem todos os instrumentos para efectuar as tão propaladas mudanças no país. Estas ferramentas são para Fragoules as novas transformações ocorridas nos centros de decisão do partido. Para este, a mudança de algumas figuras no Comité Central e na Comissão Política do partido, aliada as ideias transmitidas pelos participantes do IX congresso vão trazer uma mais-valia ao país.
Fragoules lembrou ainda a necessidade de reformar alguns sectores do Estado e transformar os projectos teóricos em realidades. “Está-se a precisar duma reforma profunda e isso desmultiplica-se em actos concretos. É preciso descongestionar os tribunais, criar tribunais regionais. É preciso criar palácios de justiça, mas o que é preciso, é de facto fazer e não por pôr escrito”, afirmou Frangoulis.
No que diz respeito as pessoas nomeadas à Comissão Política, Carlos Jeque referiu, numa clara alusão ao designado delfim de Guebuza, Aiuba Cuereneia que a eleição daquelas figuras se consubstancia à aposta do Presidente da República. Para ele, tal como Chissano, Guebuza prefere lançar e estar rodeado de pessoas próximas e confiadas.
“Aiuba Cuereneia é uma aposta do Presidente Guebuza, tal como o Presidente Chissano apostou nas pessoas em que apostou. Agora vamos ver qual será o desempenho dessas pessoas que têm demonstrado grande sentido de responsabilidade, (...) porém o tempo vai determinar”, disse Carlos Jeque.
O debate moderado pelo jornalista Jeremias Langa pretendia analisar as decisões tomadas no IX congresso do partido Frelimo, decorrido recentemente na Zambézia.
Fonte: O País
Para a Renamo os transportes, as instalações e as verbas do Estado foram confundidos pela Frelimo como bens do partido.
Khan acrescentou, igualmente que a mesma prerrogativa usufruída pela Frelimo, não poderia ser admitida a uma outra organização política.
“Notou-se em volta deste IX congresso da Frelimo uma movimentação muito grande de instituições do Estado. Esta atitude não é boa em democracia, porque se outro partido se não a Frelimo fazer a solicitação do mesmo apoio, de certeza que não será autorizado” garantiu Rahil Khan.
Num outro desenvolvimento e no âmbito da nomeação de Armando Guebuza e Filipe Paúnde para presidente da Frelimo e secretário da mesma organização, respectivamente, Rahil Khan estranhou o facto de não terem surgido outros concorrentes para fazerem frente a Guebuza e Paúnde. “É estranho que não tenha havido um concorrente para a presidência da Frelimo”, Khan julgou ainda que “em democracia não é normal, o normal é ter havido alguém do partido a concorrer”.
Presentes na mesma discussão, os políticos Carlos Jeque e António Frangoulis foram menos contundentes. Se por um lado, Jeque julgou ser aceitável a nomeação dos membros da Comissão Política da Frelimo, por outro, Frangoulis defendeu que é preciso traduzir o discurso em actos concretos.
Frangoulis, antigo director da Polícia de Investigação Criminal, considerou que Guebuza tem todos os instrumentos para efectuar as tão propaladas mudanças no país. Estas ferramentas são para Fragoules as novas transformações ocorridas nos centros de decisão do partido. Para este, a mudança de algumas figuras no Comité Central e na Comissão Política do partido, aliada as ideias transmitidas pelos participantes do IX congresso vão trazer uma mais-valia ao país.
Fragoules lembrou ainda a necessidade de reformar alguns sectores do Estado e transformar os projectos teóricos em realidades. “Está-se a precisar duma reforma profunda e isso desmultiplica-se em actos concretos. É preciso descongestionar os tribunais, criar tribunais regionais. É preciso criar palácios de justiça, mas o que é preciso, é de facto fazer e não por pôr escrito”, afirmou Frangoulis.
No que diz respeito as pessoas nomeadas à Comissão Política, Carlos Jeque referiu, numa clara alusão ao designado delfim de Guebuza, Aiuba Cuereneia que a eleição daquelas figuras se consubstancia à aposta do Presidente da República. Para ele, tal como Chissano, Guebuza prefere lançar e estar rodeado de pessoas próximas e confiadas.
“Aiuba Cuereneia é uma aposta do Presidente Guebuza, tal como o Presidente Chissano apostou nas pessoas em que apostou. Agora vamos ver qual será o desempenho dessas pessoas que têm demonstrado grande sentido de responsabilidade, (...) porém o tempo vai determinar”, disse Carlos Jeque.
O debate moderado pelo jornalista Jeremias Langa pretendia analisar as decisões tomadas no IX congresso do partido Frelimo, decorrido recentemente na Zambézia.
Fonte: O País
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