A Procuradoria Geral da República (PGR) reagiu há instantes à detenção do antigo Ministro das Finanças, Manuel Chang, em cumprimento de um mandato judicial emitido pela justiça norte-americana.
Através de um comunicado de imprensa, a PGR diz que só tomou conhecimento da detenção, através de uma comunicação feita pelo Consulado moçambicano na Africa do Sul, no passado dia 29 de Dezembro, e no dia 31 de Dezembro passado é que recebeu, da Embaixada dos Estados Unidos da América, em Pretória, a cópia da acusação proferida contra Chang e mais dois cidadãos de nacionalidade moçambicana.
Nas vésperas da audição que poderá decidir sobre a extradição ou não para os Estados Unidos da América, a PGR diz estar a encetar todos os esforços para que os “infractores” sejam responsabilizados ao nível nacional.
“Considerando que no processo que corre na jurisdição americana, são acusados cidadãos moçambicanos, e havendo um processo-crime a correr termos sobre os mesmos factos na nossa jurisdição, a PGR está a encetar diligências junto das autoridades competentes da República da África do Sul e dos Estados Unidos da América para acautelar interesses do Estado moçambicano, no que concerne à responsabilização dos infractores no território moçambicano e recuperação de activos”.
Paralelamente, a PGR revela que, no âmbito das suas investigações sobre os contornos das dívidas ocultas, já constituiu 18 arguidos “entre servidores públicos e outros cidadãos, indiciados da prática de crimes de abuso de cargo ou função, abuso de confiança, peculato e branqueamento de capitais” estando o processo em fase de instrução preparatória.
Fonte: O País – 07.01.2019
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