Continuam controversos os resultados eleitorais na República Democrática do Congo. Enquanto um candidato da oposição, Felix Tshisekedi, foi declarado vencedor das eleições presidenciais, a coligação no poder conseguiu conquistar a maioria parlamentar. Sendo assim, Tshisekedi terá dificuldade de governar o país rico em recursos minerais mas envolto na pobreza.
Entretanto, os resultados eleitorais são contestados pelo outro candidato da oposição, Martin Fayulu, que se considera vencedor com mais de 60% dos votos. Fayulu que ocupava a primeira posição na lista de sondagem de votos, já submeteu uma petição no Tribunal Constitucional, mas mostra-se menos esperançoso com a futura decisão, pois os membros do tribunal foram nomeados por presidente cessante Joseph Kabila. Na última quinta-feira, apoiantes de Fayulu entraram em confrontos violentos tendo causado quatro mortos.
Nota: “Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência"
É sempre o mesmo problema de partidos da oposição em África. MUITO MENOS TRABALHO DE CASA. Quando partidários ouvem nas ruas, nas barracas, cidadãos a dizerem que estão cansados daquele que governa e o nome do seu governo soa muito, é MOTIVO suficiente de auforia e recusarem redondamente uma coligação ou pelo menos um pacto com outros partidos como forma de garantir e fortalecer a vitória e ou facilitar uma eventual cooperação pós-eleitoral.
Ora, a oposição congolesa havia alcançado um acordo de coligação que não durou sequer 24 horas. Agora estão dum dilema, pois, segundo os resultados, um da oposição venceu nas presidenciais enquanto que a coligação de Cabila venceu nas parlamentares. Com certeza os CABILISTAS não vão facilitar a Félix Tshisekedi porque eles querem voltar à presidência depois deste mandato. Ao mesmo tempo, parece que Tshisekedi e Martin Fayulu viram-se as costas.
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