Carregados de panfletos com mensagens de rejeição à implantação da lixeira em Marracuene, província de Maputo, os residentes juntaram-se, hoje, em frente à sede do governo distrital para ouvir explicações e apresentar os seus argumentos.
Mas não foi ali onde aconteceu a consulta pública. Houve alteração do local sem se informar previamente aos residentes, o que levou à revolta popular.
Diante das tentativas de se impedir o administrador de Marracuene de abandonar a sede do governo distrital, foi mesmo necessária a intervenção da polícia. Contudo, o encontro veio a acontecer num anfiteatro do hospital local, onde as discussões continuaram acesas. Os populares rejeitaram por completo a colocação de uma lixeira em Marracuene.
Na tentativa de argumentar, o proponente do projecto foi rejeitado e os populares abandonaram a sala sem nenhum consenso.
De seguida, o governo do distrito de Marracuene e o proponente contratado pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural convocaram uma conferência de imprensa, na qual, afirmaram que nada está decidido e que as auscultações aos residentes dos restantes bairros vão prosseguir.
O projecto de colocação de uma lixeira provisória em Marracuene surge na sequência do desabamento da lixeira de Hulene, que matou 16 pessoas, tendo o Conselho de Ministros decidido o seu encerramento imediato.
Fonte. O País - 06.04.2018
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