Duas das cinco plantas largamente usadas por algumas comunidades da província meridional moçambicana de Maputo, para o tratamento da malária, acabam de ser aprovadas em laboratório nacional e independente, da Faculdade de Farmácia, na Universidade de Lisboa, em Portugal, como sendo eficientes para eliminar o plasmodium, parasita que causa a malária.
Trata-se de Terminalia sericea, conhecida por nkonola, na província de Maputo, e peltophorum africanum, designado machuvana, cuja conclusão resultou do trabalho desencadeado pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento em Etnobotânica (CIDE), localizado na Namaacha, e que foi confirmada em Setembro.
Foram, no total, cinco espécies estudadas localmente, mas o nosso estudo não era suficiente. Tínhamos de ter contra-prova num laboratório independente. Assim, um nosso estudante de pós-graduação levou as cinco plantas para a Faculdade de Farmácia, na Universidade de Lisboa, e destas duas foram confirmadas como tendo propriedades para eliminar o plasmodium, disse ao Notícias o director-geral do CIDE, António Tembue.
Segundo Tembue, o passo a seguir é determinar o princípio activo destas duas plantas, de modo a se produzir comprimidos, xarope ou outra substância. Mas isso passa por uma série de testes, de modo a definir as quantidades, quer em menores, quer em adultos, acautelou.
Tembue precisa que para se ter os comprimidos tudo passa pelos protocolos que são aprovados na ética da biomédica. Entretanto, apraz-nos o facto de termos visto num laboratório e confirmado que o que a população usa e que recolhemos para testes realmente mata o plasmodium, sublinhou.
In AIM – 22.11.2017
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