O presidente da Renamo alertou esta quinta-feira que o assassinato do autarca de Nampula, Mahamudo Amurane, há um mês, vai acabar em silêncio porque as autoridades moçambicanas “não têm a cultura de dizer a verdade”.
Afonso Dhlakama considerou uma farsa as actuais investigações e sustentou que os mandantes do crime nunca serão conhecidos, acusando o Governo de estar a propiciar estes silêncios, tal como aconteceu com outras figuras assassinadas por motivações politicas.
“Alguma vez o Governo moçambicano ou da Frelimo já disse a verdade quando se trata de violência ou criminalidade?”, questionou Dhlakama, insistindo que as autoridades “só prometem investigar, prometem perseguir para depois informar ao publico”.
“Mesmo agora o edil de Nampula, não espero que o Governo venha dizer que foi tal fulano [que o assassinou]. Podem prender um e outro porque tinha `boca cumprida`, mas os autores mesmo, os atiradores, nunca serão apresentados”, sublinhou o líder do maior partido da oposição em Moçambique.
Após o assassinato de Mahamudo Amurane, a 4 de Outubro, a Polícia fez duas detenções, de um empresário de construção civil e um vereador municipal, que estavam na companhia do então presidente durante o ataque, tendo depois sido constituídos arguido no caso.
Desde então, não são conhecidos os contornos das investigações sobre a morte do autarca, que estava em vias de rompimento com o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política, com o qual havia sido eleito edil de Nampula.
Fonte: Voz da América, em Notícias Sapo – 01.11.2017
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