A polícia rwandesa confirmou a detenção de uma oponente do Presidente Paul Kagame, cinco dias depois da mesma ter sido declarada como desaparecida e a polícia negar que ela tenha sido detida
Um comunicado da corporação refere que “pedimos um mandado de captura contra Diane Rwigara, Adeline Rwigara, sua mãe, e Anne Rwigara, irmã, como estipulado no artigo 48 do procedimento da lei criminal.”
Diane Rwigara, contabilista, de 35 anos de idade, viu rejeitada a sua candidatura à presidência nas eleições de 04 de Agosto. A mesma foi impedida alegando uso de dados de pessoas falecidas. Isso levou à acusação de falsificação, como foi confirmado pela polícia quarta-feira última.
Repetidas vezes, Rwigara tem acusado Kagame de reprimir a oposição e critica o seu partido, a Frente Patriótica do Rwanda, de deter poder quase na sua totalidade.
A polícia confirmou também que o negócio de tabaco, pertencente à família está sob investigação de evasão fiscal. Segundo o Comissário Geral da Autoridade Fiscal do Rwanda, Richard Tusabe, a companhia de tabaco da família Rwigara, tem estado a fugir ao fisco “por um período de cinco anos.”
A polícia confirmou igualmente que as acusadas foram mandadas ao Departamento de Investigações Criminais (CID) depois de terem se recusado a responder a três convocatórias, como estipulado por lei.
Um grupo fundado por Diane Rwigara, o Movimento Popular de Salvação – Itabaza, apelou aos rwandeses a se levantarem e dizerem ao presidente que quando basta, basta. O grupo emitiu no fim de semana passado, um comunicado a exigir a sua imediata e incondicional libertação.
“Apelamos a todos os rwandeses do norte, do sul, do leste e do oeste do país para se levantarem e exprimirem a sua fúria contra injustiça, a opressão e exigimos segurança política e económica. Os rwandeses devem levantar-se e dizer ao governo que o que basta, basta, e lutar pelos seus direitos,” diz o comunicado.
O documento, assinado por Raymond Kayitare, assistente de imprensa e comunicação, foi colocado no twitter de Rwigara. Ele é fortemente crítico ao regime de Kagame, classificando-o de opressivo e autoritário.
Fonte: Angolapress – 05.09.2017
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