O líder da oposição no Quénia, Raila Odinga, enumerou nesta terça-feira perante a imprensa uma série de condições para a sua participação nas presidenciais de 17 de Outubro, data escolhida pela Comissão eleitoral após anulação do escrutínio do mês passado.
Odinga criticou o facto de que a Comissão eleitoral tenha fixado na segunda-feira a data do novo escrutínio sem consulta da oposição e impôs várias condições, entre as quais uma auditoria do sistema electrónico da Comissão (IEBC), a demissão de vários dos seus membros e a possibilidade de candidatura para qualquer pessoa elegível, incluindo os outros seis candidatos de 08 de Agosto.
"Não haverá eleições a 17 de Outubro, salvo se os termos e condições que enumeramos neste comunicado sejam cumpridos pela IEBC", advertiu Odinga, que falava em Nairobi na presença dos principais líderes da sua coligação NASA.
Odinga reiterou a sua rejeição de ver a Comissão eleitoral a organizar o escrutínio na sua actual composição.
"A Comissão, tal qual está constituída, não deverá organizar esta eleição", considerou o veterano da oposição, de 72 anos.
"Queremos dizer que há um certo número de responsáveis eleitorais que devem ser mandados para a casa e que outros devem ser investigados e acusados por crimes hediondos que cometeram nas últimas eleições", prosseguiu.
A 11 de Agosto, a IEBC proclamou Kenyatta, de 55 anos, vencedor com 54,27% dos votos contra 44,74% de Odinga, que disputava a sua quarta eleição presidencial, após as derrotas em 1997, 2007 e 2013.
Fonte. Angolapress – 05.09.2017
Sem comentários:
Enviar um comentário