Em Moçambique, um dos grandes problemas que põe raquíticos aos partidos da oposição é da maneira como nós moçambicanos confundimos visão política com concorrência ao poder.
A confusão de concorrência ocorre em dois sentidos. Num sentido é dos apoiantes dos quadros ou membros com visão ou opiniões que visam o melhoramento do perfil dos seus partidos. Para estes, dar uma boa opinião, ter boa visão política, é motivo para automaticamente ser o presidente do partido.
Noutro sentido, é dos apoiantes do presidente do partido que acham que qualquer membro do partido que vier com boa opinião é concorrente perigoso ao posto mais alto da direcção do partido. O melhor é isolar-lhe antes que seja tarde. Para eles, os bons membros são todos aqueles sem visão e passam o tempo a bajular.
O erro comum é de em ambos os sentidos não acreditar-se que a melhoria de um partido só e só é possível se nesse partido há visionários, quadros que livremente dão as suas opiniões e, normalmente, estes são aqueles que não têm ambições para serem presidentes dos seus partidos ou ocuparem qualquer posto de direccão no partido ou no estado. Os visionários são os salvadores dos partidos, incluindo do partido no poder.
A consequência disto, é de os partidos da oposição nunca produzirem políticos ou dirigentes duma nova geração.
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