O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, considerou que o protesto promovido esta terça-feira, pelo movimento cívico Sokols, em São Vicente, "é um sinal de que a democracia está viva", noticiou a Lusa.
A comitiva do Primeiro-Ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, foi esta terça-feira, parada à chegada a São Vicente por cerca de duas dezenas de manifestantes que reclamam o avanço do processo de regionalização prometido pelo Governo.
Segundo noticiou a agência cabo-verdiana de notícias Inforpress, a comitiva do primeiro-ministro, acompanhado do ministro das Finanças, Olavo Correia, chegou cerca das 08h00 horas locais à ilha cabo-verdiana de São Vicente, tendo sido parada à saída do aeroporto Cesária Évora por elementos do movimento cívico Sokols.
Cerca de duas dezenas de elementos do movimento que a 05 de Julho último, mobilizou milhares de pessoas numa manifestação no Mindelo contra o que consideram o "centralismo exacerbado" da capital, pediram à chegada do primeiro-ministro a São Vicente autonomia para a segunda ilha mais populosa do país.
Empunhando cartazes e dísticos com apelos de "Autonomia, já", "Descentralização" e "Promessa é dívida", os manifestantes bloquearam a estrada, obrigando a comitiva a parar, mas nem Ulisses Correia e Silva nem Olavo Correia saíram das viaturas para falar com os manifestantes.
Questionado posteriormente pelos jornalistas, Ulisses Correia e Silva considerou que a acção desta terça-feira, é "um sinal de que a democracia está viva" e que as pessoas se sentem num quadro de "maior liberdade".
"Quanto ao resto, as pessoas são livres de expressarem aquilo que bem entenderem", disse Ulisses Correia e Silva, citado pela Inforpress.
O Primeiro-Ministro falava aos jornalistas no final da cerimónia de abertura do fórum "Qualidade de Serviço Público e Ambiente de Negócios", que decorre no Mindelo.
O movimento Sokols promoveu a 05 de Julho último, dia da Independência Nacional, uma manifestação que levou milhares de pessoas às ruas da cidade do Mindelo para demonstrar descontentamento pelo que consideram a concentração de investimentos na ilha de Santiago, a maior e mais populosa do país e onde se localiza a capital Praia.
"É preciso que se crie dinâmica económica e é sobre isto que temos estado a trabalhar", assegurou esta terça-feira, Ulisses Correia Silva, sublinhando a importância de as pessoas se juntarem para discutir coisas importantes.
Ulisses Correia e Silva disse ainda que, se a regionalização dependesse do primeiro-ministro, já estaria resolvida "há muito tempo".
"O facto é que exige maioria qualificada no Parlamento e é esta negociação que estamos a encetar", disse.
Assegurou ainda que o orçamento de Estado para 2018 prevê "fortes investimentos em várias áreas" para todas as ilhas cabo-verdianas, incluindo São Vicente.
Fonte: Angolapress – 05.09.2017
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