A decisão tomada pelo edil de Quelimane, Manuel de Araújo, em exonerar os dois Vereadores do seu governo municipal, nomeadamente Joaquim Maloa da área de Saneamento do Meio, Jardins e Cemitérios e Moisés Ofinar, que respondia pela área de Indústria, Comércio, Mercados e Feiras é aplaudida por muitos munícipes que acompanham o dia a dia da sua autarquia.
Nas redes sociais, sobretudo o “facebook”, circulam mensagens que dão conta da decisão tomada pelo edil de Quelimane.
Por outro lado, mesmo nas artérias da cidade de Quelimane, não há outra conversa se não esta decisão do edil. Nos cafés, mesma coisa.
Todos são unânimes em afirmar que Araújo sabe o que quer e com isso está a mostrar ao povo que quem não aguenta cairá fora, aliás, ele próprio já havia alertado aquando da tomada de posse destes.
Decisão sábia do edil
Os munícipes interpelados pelo DZ nas ruas de Quelimane dizem que a decisão do edil veio responder aos murmúrios que afirmavam, em volta dos seus colaboradores, que alguns deles não tem nem capacidades e muito menos competências técnicas profissionais para aguentar com a corrida que se pretende, uma vez que o mandato do Manuel de Araújo só tem já menos de um ano.
Fernando Calisto, vendedor de roupa no mercado da FAE, disse que era sem tempo a exoneração do Vereador da área de mercados e feiras, porque, segundo Calisto, aquele homem tinha problemas sérios de dialogar e encontrar soluções.
A fonte apontou o caso de vendedores de rua que andam em quase todas as esquinas da cidade. Isto, na óptica daquele vendedor de roupa, resulta da falta de diálogo entre o vereador Ofinar com os praticantes do comércio informal.
Já Eugénio João, vendedor no mercado do Brandão, disse que estava a tomar conhecimento através do repórter do DZ, porém, João não perdeu tempo em dar a sua opinião. Disse ele que o edil de Quelimane sentiu de facto que tinha pessoas que não lhe iriam ajudar, dai que a decisão que tomou foi sábia.
“Aquele senhor sabe o que quer. Muitos ali, só querem dinheiro, por isso, parabéns senhor presidente” - rematou rindo.
Quando questionado sobre as prováveis causas que teriam ditado a exoneração do vereador de mercados e feiras, a fonte disse que não precisava de buscar lupa para ver que naquela área parecia não haver ninguém, por isso, nada mais tem a comentar e continuou a dizer que a decisão chegou na hora certa.
Uma funcionária, por sinal varredora de rua, que o DZ encontrou em plena actividade, disse que Joaquim Maloa, Vereador da área de Saneamento, nunca teve capacidades para dirigir o sector. Disse que esta decisão do edil não tem contestação nenhuma por parte das trabalhadoras.
Diz esta senhora que Maloa demonstrou incapacidade na área e, por isso, os funcionários também já andavam descontentes.
“Respondemos aos apelos dos munícipes”
Entretanto, o Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, disse que a exoneração dos seus dois vereadores, vem responder assim aos apelos que os munícipes desta cidade vinham deixando no que tange à actuação daqueles antigos vereadores.
Araújo vai mais longe ao afirmar que durante estes quatro meses, Moisés Ofinar e Joaquim Maloa, demonstraram grandes lacunas nas áreas em que tinham sido afectos.
“Eles não foram sempre perdulários na hora de marcar pontos, por isso os munícipes aconselharam-nos a seguir outro caminho e assim fizemos” - disse o edil de Quelimane.
Num outro passo, a fonte disse que em Quelimane, os munícipes serão sempre os que terão voz, e, na sua governação, em primeiro lugar são ouvidas as vozes dos cidadãos que estão em Quelimane, dai que o edil convidou os cidadãos a dizerem aquilo que não vê a ser cumprido com qualquer que seja o dirigente no Conselho Municipal de Quelimane.
Todavia, Araújo disse que nos próximos cinco dias os lugares deixados a partir desta Segunda-feira serão preenchidos por outras pessoas.
Recorde-se que a recolha de lixo foi a bandeira principal do edil de Quelimane, mas que, no concreto, este mal continua a tirar-lhe o sono.
Fonte: Diário da Zambézia in @verdade - 16.05.2012
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