País real
O Porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, acusou, esta Terça-feira em Maputo, a Frelimo de estar a fomentar terrorismo político, situação que “pode provocar instabilidade no País”.
[18-04-2006]
Mazanga, que falava numa conferência de Imprensa, disse que a Frelimo está aliciar seus membros, contrapondo a afirmação segundo a qual os militantes do maior partido da oposição estejam a filiar-se voluntariamente.
“Temos vindo a acompanhar nos últimos tempos situações caricatas protagonizadas pelo partido no poder. A Frelimo tem vindo, em conferências de Imprensa, apresentado membros da Renamo que dizem ser desertores”, disse Mazanga, acrescentando que “na verdade se trata de aliciamento”.
Esta acusação é veiculada numa altura em que na província de Cabo Delgado foram apresentados publicamente três membros pela Frelimo que militavam na Renamo.
Por outro lado, Mazanga disse as ameaças de morte que o deputado Eduardo Namburete, quadro sénior do partido Renamo, tem vindo a receber provam que no País há terrorismo político, mal que pode gerar instabilidade no País.
“O deputado Eduardo Namburete denunciou no Parlamento a ocupação ilegal pelo filho da primeira-ministra de uma casa do cidadão Gadit, situação que está provocar ira no seio do partido no Poder ”, disse o porta-voz para, depois, acrescentar que “assassinaram o deputado José Mascarenhas, caso que até hoje as entidades competentes não disseram palavra”.
Por seu turno, Edson Macuácua, porta-voz da Frelimo, reagindo o pronunciamento da Renamo, disse que “são falsas as acusações, pois eles estão perder o controlo da sua organização”.
Acrescentou que a filiação no partido Frelimo é voluntária, daí que não há espaços para aliciamentos. Em relação as ameaças de morte e o assassinato, Macuácua frisou que esses problemas têm a ver com a situação interna do partido Renamo.
Fonte: Zambeze
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