Em entrevista à DW, o sociólogo moçambicano Elísio Macamo diz que "faltou sensibilidade" ao partido ao convocar comício para segunda-feira (02.10), logo depois do XI Congresso.
Depois do XI Congresso da FRELIMO, em que participaram muitos funcionários públicos, o partido no poder em Moçambique convocou um comício popular para a segunda-feira (02.10) - ocupando assim mais um dia de trabalho. Paradoxalmente, durante o Congresso fez-se um apelo a uma maior produção para se acabar com a pobreza no país. Vários casos contraditórios aconteceram em paralelo ao evento. Para o sociólogo moçambicano Elisio Macamo, algumas dessas atitudes revelam falta de sensibilidade. A DW África conversou com ele sobre alguns casos constatados.
DW África: logo depois do término XI Congresso da FRELIMO, o partido convocou um comício para as 15 horas. Para um partido que quer produção para sair da pobreza, não será uma atitudade contraditória?
Elísio Macamo: Representa, se, de fato, as pessoas que forem participar nesse comício o façam dentro das suas horas de trabalho. É algo sobre o qual podemos apenas especular. Não sabemos se as pessoas que participaram no Congresso, e que são funcionários públicos, pediram licença ou férias para poderem estar fora do serviço a essa hora. Nessas condições, a gente pode criticar. Entretanto, para qualquer pessoa sensata é fácil depreender que, mesmo que não sejam todas as pessoas, uma boa parte dos que participaram no Congresso faltaram ao serviço, sim. Ler mais (Deutsche Welle, 02.10.2017)
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