Mais uma vez a visão de Venâncio Mondlane, por sinal meu companheiro, não
tem nada a ver com disciplina partidária. A questão da RECEPÇÃO dos Mercedes
Benz não é em PRIMEIRO LUGAR um partidário, pelo que, todos os cidadãos são
chamados a manifestarem a sua consciência independentemente da sua cor
partidária. Eu manifestei e manifestarei
movido pela minha consciência.
Em segundo lugar, em respeito à disciplina partidária, os membros discutem
de diferentes formas (telefone, contacto verbal, em reuniões, etc) sobre a questão
dentro dos partidos. Na minha opinião, normalmente, as lideranças políticas
reunem-se e discutem sobre os aspectos legais, morais e éticos na aquisição e
recepção dos Mercedes Benz na Assembleia da República. No caso mais concreto é
a reunião das bancadas, falo de cada bancada, para discutir sobre a isso e uma
única voz fala em NOME da bancada. Em respeito da disciplina partidária ninguém
mais fala aqui fora de como o debate foi lá dentro.
No caso de deputados, até podia ter sido bom que se pronunciassem depois de
encontros nas bancadas parlamentares, mas parece-me que não há lá na Assmbleia
da República a cultura de as bancadas, (TODAS ELAS, da Frelimo, Renamo e MDM) reunirem-se
para mesmo de forma muito breve discutir sobre o barulho de cá fora ou qualquer
acontecimento de vulto. Não estou lá dentro para eu afirmar isto com muita
certeza. Mas se não o fazem, é muita pena. As bancadas precisam de ter esta
cultura porque desta forma, o porta-voz ou chefe
da bancada ao se pronunciar sobre certos assuntos fica com certeza que é do
consenso da bancada que representa. Por outro lado, o pronunciamento vem a
tempo e hora.
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