A Frelimo sabendo que o seu maior adversário na zona sul, sobretudo Maputo
e Gaza, era o MDM, conseguiu estrategicamente empurrá-lo para fora. Ora, ela
sabendo a partir de Nampula (caso Amurane e o II Congresso) da dificuldade que
o MDM tem em consolidar as suas conquistas, a Frelimo impôs o enganoso modelo
de cabeça de lista que em princípio parecia dar todas as garantias para a
Renamo governar em muitas áreas do centro e norte. Sendo assim, à Renamo não lhe interessaria qualquer frente
eleitoral comum. Dito e feito. Mas a saída de Venâncio Mondlane e mais um grupo
de mobilizadores do MDM de Maputo e Xai-Xai para a Renamo, criou nervosismo
dentro da Frelimo. Nisto ela tinha que usar o plano B ou C que consiste em
empurrar a Renamo para fora da zona que considera seu bastião.
Como a história sobre a ocupação de Moçambique pelos portugues nos ensina
(Entre Changamire e Monomotapa das lutas eles sabiam), no plano A, a Frelimo
usa a Renamo para empurrar o MDM e no plano B usa o MDM para empurrar a Renamo.
O que na verdade acontece é que a Frelimo assim consegue sobreviver mesmo em
seus momentos mais críticos como este. Estas guerrinhas por exemplo, estão
consideravelmente a baixar do nível os dois partidos da oposição com
consequências já mais vistas.
Até aqui o tempo é escasso, mas não está perdido para chamar à consciência às lideranças do MDM e Renamo e no mais cedo possível passarem a defender os interesses dos seus simpatizantes e da nação. Há telefones para tal e sem falar de pessoas que podem servir de ponte.
Até aqui o tempo é escasso, mas não está perdido para chamar à consciência às lideranças do MDM e Renamo e no mais cedo possível passarem a defender os interesses dos seus simpatizantes e da nação. Há telefones para tal e sem falar de pessoas que podem servir de ponte.
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