Lei de probidade pública.
Os deputados da Frelimo que até ano passado se atrelavam aos cargos sociais, contra todas as críticas da sociedade civil, finalmente renunciaram aos mandatos. Ao que parece, não de livre e espontânea vontade. Com a aproximação das eleições autárquicas de 20 de Novembro e gerais em Outubro do próximo ano, a Frelimo não teria “estômago” para as críticas da oposição e da sociedade civil sobre as acumulações dos deputados da Frelimo na Assembleia da República.
A bem dos resultados eleitorais e de uma campanha eleitoral incólume, a Comissão Política da Frelimo pode ter recomendado ao Parlamento para se livrarem da polémica. Aliás, os próprios deputados da Assembleia da República, muitos deles com interesse de merecer posições de relevo na próxima galeria de poder, pode não querer beliscar a sua imagem com a improbidade. Pouco provável é concluir que a renúncia pode ter sido obra do acaso. Até porque uma decisão do acaso não pode ser tomada por 30 deputados... ao mesmo tempo!
Seja qual for a razão da denúncia, facto é que mais deputados da bancada da Frelimo abrangidos pela Lei de Probidade Pública anteciparam-se e renunciaram, esta semana, aos seus cargos, ou nos órgãos sociais ou no Parlamento, não esperando ser exonerados, como aconteceu em Janeiro com os deputados Agostinho Vuma e Luciano de Castro, na Administração Nacional de Estradas.
Assim, Teodoro Waty, Isidora Faztudo e Casimiro Huate deixam de ser PCA das Linhas Aéreas de Moçambique, Cervejas de Moçambique e Fundo do Ambiente, passando a ser apenas deputados.
Fonte: O País online - 13.03.2013
1 comentário:
Então confirma-se que os demissionários "mamavam" as custas do Estado.
A Renamo tinha razão.
Zicomo
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