O Movimento Democrático de Moçambique (MDM),
terceiro maior partido no país, denunciou esta quarta-feira, aquilo que
considera ser a "brutalidade" de que têm sido vítimas os seus membros
e a "inação da polícia" contra os autores dessa violência política.
O chefe da bancada do
MDM na Assembleia da República, Lutero Simango, repudiou o que classificou como
perseguição política que os membros do partido sofrem, quando falava, esta
quarta-feira, dia 13 de Março, no arranque dos trabalhos da sétima sessão legislativa
do parlamento.
"Os membros do MDM são brutalmente violentados, e quando se reporta à
polícia, a entidade que tem a missão de assegurar a protecção e ordem pública
não age contra os responsáveis destes actos", acusou Lutero Simango.
No dia 07 de Março, apontou o chefe da bancada do MDM, a polícia alegou que
devia "consultar" para decidir se podia fazer a protecção de uma
marcha que o partido convocou na cidade de Xai-Xai, capital da província de
Gaza, sul do país, e uma das principais bases de apoio da Frente de Libertação
de Moçambique (Frelimo), partido no poder.
A marcha era parte das comemorações do quarto aniversário da fundação do
MDM.
"Esta é mais uma prova, uma evidência, de que a manipulação política é
verídica e a nossa polícia carece de um esclarecimento cabal sobre a sua missão
na República de Moçambique", frisou Lutero Simango.
O chefe da bancada da terceira força política do país adiantou que o seu
partido é também alvo de intolerância política no centro do país, nomeadamente
nos municípios da Beira e Quelimane, onde governa.
Lutero Simango acusou o Governo de interferir na independência do canal
público Rádio Moçambique, proibindo a participação de "comentaristas
críticos ao Governo", para favorecer os que têm opiniões simpáticas ao
executivo.
Fonte: @SAPO/Lusa - 13.03.2013
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