quinta-feira, março 22, 2012

Governo considera inaceitável greve de bolseiros moçambicanos na Argélia

Maputo, 22 mar (Lusa) - O Ministério da Educação de Moçambique considerou hoje inaceitável o protesto que os estudantes moçambicanos na Argélia estão a realizar há quatro dias contra o valor da bolsa, instando-os a "regressar às aulas".


Pelo menos 60 dos 184 bolseiros moçambicanos a estudar na Argélia foram obrigados pela polícia a sair das instalações da embaixada moçambicana em Argel na terça-feira, mas recusaram abandonar as imediações da missão diplomática, onde ficaram a reivindicar o aumento da bolsa.

Os estudantes consideram insuficiente a bolsa de 150 dólares (cerca de 114 euros) que o Governo moçambicano atribui por mês a cada bolseiro, apontando o elevado custo de vida na Argélia como razão para o incremento do valor.

Os bolseiros exigem também a reposição de descontos feitos em setembro do ano passado e em fevereiro último pela embaixada, sob a alegação da crise financeira que Moçambique enfrenta.

Em declarações à Lusa, o director do Instituto de Bolsas de Estudo do Ministério da Educação, Octávio de Jesus, afirmou que pediu hoje aos encarregados de educação dos bolseiros num encontro em Maputo para persuadirem os seus educandos a regressarem às aulas.

"Explicámos aos encarregados de educação dos nossos bolseiros na Argélia que a sua atitude é inaceitável e devem regressar às aulas", disse Octávio da Cruz.

O diálogo com os estudantes será realizado com as aulas em curso e em serenidade, assinalou o director do Instituto de Bolsas de Estudo do Ministério da Educação.

"A bolsa é concedida pelo Governo argelino, ainda assim damos um adicional, pelo que não se justifica a atitude dos nossos estudantes na Argélia", disse Octávio de Jesus, que considerou esporádica a reivindicação dos bolseiros.

Moçambique tem entre 600 e 700 bolseiros a estudar em vários países.

PMA

Lusa/Fim

Fonte: Notícias Sapo - 22.03.2012

3 comentários:

Anónimo disse...

Nguiliche

Estava à vista esta reposta. Seria noticia se o governo reconhecesse o desnivel do valor com o custo de vida naquele país e apelar os estudantes para voltarem as aulas por que medida apropriada seria tomada para ajustar o valor.

Que quadros moral e tecnicamnete formados esperamos ter no fim. Meninas, podem desenrascar! E rapazes...!

Anónimo disse...

Eu terminei a licenciatura, mestrado e agora a terminar o PHD sem um tostao do governo. Nao preciso do dinheiro da Frelimo, Renamo ou seja quem for. Tenho uma bolsa Suica e isso me basta.

Adolfo Madjathe

Reflectindo disse...

Caro Adolfo Madjathe,

Não entendi o que querias dizer com as tuas palavras.

Seja como for, podes ajudar os compatriotas na Argélia e Rússia a obterem bolsa suiça?