sexta-feira, novembro 30, 2018

A Frelimo irrita os eleitores para com um boicoto se legalizar como partido único


Aquela fraude tão PORCA em Marromeu seguida por a de Monapo, Molócuè, Moatize e Matola, aliás Marromeu foi repetição, requer de um estudo muito profundo para entender o que a Frelimo. Alguns do comentários dos telespectadores no STV Linha Aberta, diziam que nas próximas eleições eles ou o povo não vai-se fazer às urnas e podiam ver a Frelimo onde traria eleitores. Portanto, trata-se de boicote. Contudo, com o discurso de boicote, pode ser que a Frelimo se sinte em ter atingindo o propósito da prática de uma trafulhice, uma fraude tão PORCA como a que vimos nestas eleições autárquicas.
1. A experiência de África toda é de que boicotes eleitorais beneficiam os regimes totalitários e anti-democráticos.
2. A Frelimo sempre opôs-se ao multipartidarismo e se ameaçada optou por eliminar os seus oponentes. Não é que não havia condições para eleições em 1975 e com certeza a Frelimo havia de ganhar, mas essas coisas de eleições é algo forçado. Quem aceita eleições é quem aceita ficar na oposição.
3. O veterano e general Mariano Matsinhe disse reteiramente, em Abril de 2007, em plena instituição pública e não só, mas numa instituição superior, o ACIPOL, ali onde se formam pessoas para defesa e segurança, para fariam tudo por tudo para a Frelimo não sair do poder. Com certeza que isso de fazer era também um apelo aos policiais. Este veterano realçou que não era a favor da existência da oposição, mas que devia continuar insignificante.
4. O que Matsinhe disse em 2007 é o que estamos a assistir. Parece que a Frelimo tem um número de municípios que aceita que sejam governados por partidos da oposição. Atingido esse número, aí a Frelimo protegida pela polícia e outras instituições que deviam velar pela justiça e segurança pública e do estado, faz tudo por tudo mesmo que seja fugir com material eleitoral...
5. Sobre os objectivos de forçar para tornar a oposição insignificante e ela governar sozinha, a Frelimo tem experiências. Em 1998, na primeiras eleições autárquicas, a Renamo e mais 15 partidos da oposição, por sinal aqueles que poderiam ter alguns assentos nas assembleias municipais, boicotaram-nas. O resultado foi de que a Frelimo governou sozinha nos 33 municípios. O mais caricato ainda, foi a Frelimo recorrer fraude para como sempre enganar o mundo que houve muita p participação massiva. Lembro-me que Angoche e Dondo havia sido citados que em mesas às moscas, no editais apareciam números de maior participação.
Ora, por tudo isto, apesar de estarmos irritados, como moçambicanos precisamos de discutir amplamente e desenhar uma estratégia que frustre os planos e objectivos da Frelimo. É importante também saber que a Frelimo está interessa somente ao poder e as consequências ao longo prazo não a importam. Não é que não saiba que não mal que dure para sempre.

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