Aquela
fraude tão PORCA em Marromeu seguida por a de Monapo, Molócuè, Moatize e
Matola, aliás Marromeu foi repetição, requer de um estudo muito profundo para
entender o que a Frelimo. Alguns do comentários dos telespectadores no STV
Linha Aberta, diziam que nas próximas eleições eles ou o povo não vai-se fazer
às urnas e podiam ver a Frelimo onde traria eleitores. Portanto, trata-se de
boicote. Contudo, com o discurso de boicote, pode ser que a Frelimo se sinte em
ter atingindo o propósito da prática de uma trafulhice, uma fraude tão PORCA
como a que vimos nestas eleições autárquicas.
1. A
experiência de África toda é de que boicotes eleitorais beneficiam os regimes
totalitários e anti-democráticos.
2. A
Frelimo sempre opôs-se ao multipartidarismo e se ameaçada optou por eliminar os
seus oponentes. Não é que não havia condições para eleições em 1975 e com
certeza a Frelimo havia de ganhar, mas essas coisas de eleições é algo forçado.
Quem aceita eleições é quem aceita ficar na oposição.
3. O
veterano e general Mariano Matsinhe disse reteiramente, em Abril de 2007, em
plena instituição pública e não só, mas numa instituição superior, o ACIPOL,
ali onde se formam pessoas para defesa e segurança, para fariam tudo por tudo
para a Frelimo não sair do poder. Com certeza que isso de fazer era também um
apelo aos policiais. Este veterano realçou que não era a favor da existência da
oposição, mas que devia continuar insignificante.
4. O que
Matsinhe disse em 2007 é o que estamos a assistir. Parece que a Frelimo tem um
número de municípios que aceita que sejam governados por partidos da oposição.
Atingido esse número, aí a Frelimo protegida pela polícia e outras instituições
que deviam velar pela justiça e segurança pública e do estado, faz tudo por
tudo mesmo que seja fugir com material eleitoral...
5. Sobre
os objectivos de forçar para tornar a oposição insignificante e ela governar
sozinha, a Frelimo tem experiências. Em 1998, na primeiras eleições autárquicas,
a Renamo e mais 15 partidos da oposição, por sinal aqueles que poderiam ter
alguns assentos nas assembleias municipais, boicotaram-nas. O resultado foi de
que a Frelimo governou sozinha nos 33 municípios. O mais caricato ainda, foi a
Frelimo recorrer fraude para como sempre enganar o mundo que houve muita p
participação massiva. Lembro-me que Angoche e Dondo havia sido citados que em
mesas às moscas, no editais apareciam números de maior participação.
Ora, por
tudo isto, apesar de estarmos irritados, como moçambicanos precisamos de
discutir amplamente e desenhar uma estratégia que frustre os planos e
objectivos da Frelimo. É importante também saber que a Frelimo está interessa
somente ao poder e as consequências ao longo prazo não a importam. Não é que não
saiba que não mal que dure para sempre.
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