A Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Nampula, norte do país, proibiu hoje a utilização de símbolos partidários nas celebrações do Dia da Paz marcadas para sábado na Praça dos Heróis.
A medida, anunciada em comunicado, foi tomada em consequência dos confrontos registados na Praça dos Heróis no dia 25 de Setembro, quando membros do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), em campanha para as eleições gerais de 15 de Outubro, se dirigiram para o local carregando uma urna simulada e coberta com capulana e panfletos da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique, no poder) e do seu candidato presidencial, Filipe Jacinto Nyusi.
Seguiram-se confrontos entre apoiantes do partido no poder e intervenção policial com gás lacrimogénio, levando a que muitas pessoas, incluindo a governadora de Nampula, abandonassem o local durante as celebrações dos 50 anos das Forças Armadas e Defesa de Moçambique,
Para prevenir novos incidentes, o comando da PRM em Nampula decidiu que "todos os partidos políticos envolvidos na campanha eleitoral não devem se fazer presentes na praça dos heróis com material de propaganda eleitoral".
"Não é permitida a presença na praça dos heróis de indivíduos munidos de paus, ramos de árvores, objectos cortantes ou contundentes, sem o uso de camisa e sob efeitos de álcool ou quaisquer produtos psicotrópicos", escreveu a PRM.
Na quinta-feira, voltaram a registar-se novos incidentes em Nampula, envolvendo membros da Frelimo e da Renamo, de que resultaram nove detidos, quatro dos quais entretanto libertados, e um ferido grave, segundo disse à Lusa um membro do partido de oposição presente no local.
A polícia disse hoje à Lusa que continua a apurar elementos dos confrontos e a Frelimo afirmou que desconhece o caso.
Moçambique realiza eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) a 15 de Outubro.
Fonte: LUSA – 03.10.2014
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