Tendo sido a Renamo a propor adiscussão deste tema,
como aliás acontece com os restantes 3 pontos do diálogo político, o chefe da
delegação da Renamo, Saimone Macuiana, foi convidado a apresentar os detalhes
do que efectivamente a Renamo pretende no ponto sobre a despartidarização da
função pública.
Pontualmente, através de um documento já elaborado,
a Renamo alistou:
- A proibição das reuniões partidárias nas
instituições públicas, devendo, para tal, ser criada uma lei concreta que pune
claramente os prevaricadores. As penas, segundo proposta da Renamo, deverão
circunscrever-se na suspensão dos funcionários prevaricadores, caso se constate
uma situação de violação da lei.
- Abolição de células partidárias nas instituições
do Estado. Todos os pontos, entende a Renamo, devemser acompanhados por leis
específicas que punam a todos os funcionáriosque não observarem o estatuído.
- Separação patrimonial de bens do Estado e do
partido, incluindo a clarificação de quem é funcionário de Estado e quem é
funcionário do partido. A clarificação desta matériavai, no entender da Renamo,
evitar que em períodos eleitorais, as instituições públicas não percam os seus
funcionários à favor da campanha eleitoral.
- Proibição de descontos na fonte para actividades
partidárias.
- A clarificação dos mecanismos de criação e
funcionamento das autoridades comunitárias e tradicionais.
Pacheco tentou negar, mas…
Apesar de ter tentado negar e ter, nalgum momento,
tentado apelidar de “falaciosos” os pontos apresentados por Saimone Macuiane, o
chefe da delegação do governo, José Pacheco, acabou implicitamente reconhecendo
que o Estado está efectivamente partidarizado.
Nisto, Pacheco disse que o governo estava aberto
para receber contribuições que ajudem o país a ter um Estado cada vez mais profissional.
As partes voltam a reunir-se no dia 20 de Outubro corrente, ou seja, 5 dias
depois do processo de votação.
Fonte: MediaFax, 07.10.2014
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