No boletim 45 sob o título
"Renamo também usa bens do Estado", informamos que os deputados do
parlamento estavam usando seus carros oficiais na campanha em Nacala-Porto. A
deputada da Renamo Ivone Soares escreveu à este Boletim para dizer que, apesar
de que os carros manterem a matrícula oficial (vermelha), os deputados
realmente pagaram e são os proprietários dos carros. Assim, eles não são os
carros do Estado e podem ser utilizados livremente.
Para este boletim, a questão
permanece: se o carro tem uma matrícula oficial vermelha, não é porque ainda
pertence ao estado, e sendo um bem do estado, não se encontra abrangido pela
proibição? Se deputados querem usar seus carros na campanha eleitoral, não
deveriam fazê-lo somente depois de alterar o registo para uma matrícula
pessoal?
O deputado da Renamo, Eduardo
Namburete, escreveu no Facebook que "pode mudar a titularidade, mas não a
matrícula". No seu ponto de vista, o erro foi cometido pelo governo em
fornecer os carros com matrículas do Estado, e não há nada que os deputados possam
fazer sobre isso.
Esta é a sua carta:
"O Deputado moçambicano tem
direitos e deveres claramente escritos no seu Estatuto e sistema de previdência
social. Cabendo-lhe adquirir viatura bonificada para o seu uso. O Deputado não
é dado o carro em regime de empréstimo durante a sua "comissão de
serviço". O deputado paga o valor remanescente da viatura que a sua
isenção não cobre. Escrever que estamos (nós deputados da Renamo) a usar
Viaturas do Estado quando estas foram alienadas e pagas na totalidade não é
correcto.
"Sinto-me desgastada por ver
estampada a matricula da minha viatura na imprensa”.
"Paguei pelo carro.
"Obrigada, Ivone
Soares"
Fonte: Boletim sobre o processo
político em Moçambique Número EN 49 - 1 de Outubro de 2014
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