Na
cidade de Nampula, o recenseamento eleitoral está a decorrer no meio de
problemas. Entre as dificuldades destacamse as avarias constantes dos
equipamentos e impressão repetida dos números de cartões, em outros postos o
computador não imprime. Estas situações levaram os brigadistas de vários postos
a interroper o registo no meio da manhã de terça-feira.
Por exemplo, na mesa número
42 localizada no posto administrativo de Napipine, as máquinas estavam a
repetir o número de cartão do eleitor anterior. Como consequência, os cartões
com números 03004201437 e 03004201401, foram atribuídos a mais de uma pessoa.
No posto de recenseamento
número dois localizado na escola primária Parque Popular, o computador não faz
impressão. Depois de digitação dos dados o sistema solicita a impressão e o
computador desligase automaticamente,
pedindo o restart. O mesmo
problema se regista no posto da Cavalaria e de Carrupeia concretamente no posto
32.
Estes problemas ocorrem
mesmo depois de o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) ter
garantido que com a distribuição de novas impressoras os problemas com as
máquinas estariam resolvidos.
Mesmo os problemas de
incompatibilidade entre as impressoras e os tinteiros existentes prevalecem,
apesar de as máquinas adquiridas serem consideradas com compatíveis.
Autenticação de impressões
digitais condiciona recenseamento em Chimoio
Duas semanas depois do início
do recenseamento eleitoral no país o município de Chimoio, província de Manica,
continua com muitos postos a interromperem o registo de eleitores, devido,
sobretudo a problemas com a autenticação de impressões digitais.
Apesar
de várias dificuldades nesta autarquia, dos 141.020 eleitores que se esperam
recensear, já foram inscritos 8.234.
O
correspondente do CIP em Chimoio, constatou que no posto da escola Eduardo
Mondlane, o computador apenas funcionou nos primeiros três dias, pois para além
da incompatibilidade dos tinteiros com as impressoras, o computador não
reconhecia as impressões digitais dos eleitores, apenas saia cor verde quando
se colocavam os dedos.
Na EPC
do bairro 5 FEPOM, o
computador apenas funcionou nos primeiros quatro dias, depois não reconhecia as
impressões digitais dos eleitores porque aquecia. Era necessário desligar o
equipamento por uma hora e voltar a ligar para funcionar, ou seja, uma hora
estava ligada e outra hora tinha que ser desligada, e os eleitores reclamavam
pela demora.
Portanto,
devido as avarias técnicas dos equipamentos, aliadas à lentidão no manuseamento
dos computadores, os eleitores eram obrigados a permanecer na fila entre sete a
oito horas para obter o cartão, em grande parte dos 26 postos instalados em
Chimoio.
Luciano
José, chefe do departamento de organização e operações eleitorais no STAE provincial
de Manica, disse que no caso de incompatibilidade de impressoras, o STAE
recorreu a 14 impressoras HP470 que sobraram no processo anterior para
substituir nas 7 brigadas paralizadas em Chimoio, e processo de substituição
foi continuando na medida em que se registava a mesma “avaria” noutros postos.
Enquanto
se aguardava a recepção de novas impressoras, os brigadistas, com instruções do
STAE provincial faziam a transferência de tinta dos cartuchos incompatíveis com
recurso a seringa para os cartuchos compatíveis.
Equipamento custou 18 milhões
de dólares
O equipamento informático que
está a ser utilizado no processo de recenseamento que arrancou no dia 25 de
Maio último nas 43 autarquias que este ano vão ter eleições custaram 18 milhões
de dólares (USD).
Este material foi fornecido ao
STAE pelo consórcio formado entre as empresas moçambicana Artes Gráficas, do
grupo Académica, e sul-africana Lithotech, que ganhou o contrato de
fornecimento.
No âmbito do contrato
publicado esta semana pelo jornal “O País”, o consórcio deve disponibilizar
1.700 kits de equipamentos, composto por um computador com câmara e uma
impressora e o respectivo toner, para a actualização do recenseamento deste
ano.
O mesmo consórcio deverá
fornecer outros 2.500 kits para a actualização do recenseamento a realizar-se
no próximo ano, no quadro das eleições gerais.
Registados 150 mil eleitores nas
43 autarquias
Nas 43 autarquias que no dia
20 de Novembro próximo vão realizar eleições já houve registo de pelo menos 150
mil eleitores segundo revelou o Director-geral do Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral (STAE), numa entrevista ao Jornal “Notícias” publicada
hoje.
Deste número, cerca de 30
por cento foram registados entre domingo e terça-feira, logo após a reposição
das novas impressoras, em substituição das inicialmente colocadas e que tiveram
problemas de incompatibilidade com os tinteiros existentes.
O recenseamento que arrancou
no dia 25 de Maio último, com o fim previsto para 23 de Julho próximo, prevê
abranger 3.5 milhões de potenciais eleitores. Para o efeito, foram instaladas
em todo o país 660 postos de recenseamento.
Bárué regista mais de 1600
eleitores
O distrito de Báruè, na
província de Manica, registou, desde o dia 25 de Maio um total de 1.658
eleitores.
De acordo com o director do
Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) em Báruè, Simão Xavier
Maduco a meta da autarquia é de registar 11.349 eleitores.
Numa ronda aos postos de
recenseamento efectuada pelos nossos correspondentes em Báruè constatouse
um movimento significativo de potenciais eleitores nos quatro postos
de recenseamento instalados na autarquia. Nestes postos, eleitores levavam 10 a
15 minutos para serem registados.
Apesar dos problemas
registados nos primeiros dias de recenseamento, a actividade está a decorrer
normalmente nesta autarquia da zona centro de Moçambique.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EA 9 - 5 de Junho
de 2013
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