O julgamento dos sete membros do
MDM em Nampula, relativo aos incidentes de 25 de setembro foi adiado para
próxima sexta-feira (11). O julgamento que deveria ter iniciado hoje, na
segunda seção do tribunal da cidade de Nampula, envolve sete membros do MDM,
dois dos quais encontravam-se detidos, mas foram hoje libertos.
Apos o adiamento do julgamento, o
juiz teria ordenado os 2 detidos do MDM fossem encaminhados, para um juiz de
instrução criminal, de modo a regularizar a sua detenção. Mas chegados lá este
tratou de os libertar, alegando que haviam sido detidos ilegalmente.
Consta ainda, que aquando da
chegada ao tribunal da Cidade de Nampula, a polícia não trazia um dos detentos
do MDM, de nome Francisco Adriano, o que obrigou o juiz e o procurador a
deslocarem-se para comando provincial, e só depois de uma reunião de mais de
uma hora é que polícia concordou em levar Francisco Adriano ao tribunal.
Refira-se, que desde a sua
detenção no dia 26 de Setembro, Francisco Adriano, não era autorizado a falar
com o seu advogado. Por isso, o julgamento desta segunda-feira foi adiado para
sexta-feira.
Enquanto isso, fontes do MDM
acusam a Polícia de Investigação Criminal (PIC) de uma campanha de perseguição
dirigida indirectamente, a Mahamudo Amurane, do MDM e Presidente do Conselho
Municipal da Cidade de Nampula eleito em dezembro de 2013. Na semana passada, a
PIC convocou membros do MDM para interrogatórios, incluindo um candidato do MDM
para o parlamento, Fernando Bismarque, e o representante e o secretário de
mobilização na cidade de Nampula.
Uma pessoa que se encontra
internada e a recuperar dos actos de violência eleitoral, foi interrogada em
pleno hospital e sem a presença de um advogado. Nos interrogatórios, a polícia
procura saber quem ordenou os jovens do MDM a interromper a cerimônia do dia 25
de setembro, com a simulação de um caixão do candidato da Frelimo, Filipe
Nyusi. Segundo fontes do MDM, a PIC está tentar colocar a culpa em Amurane.
O MDM, diz ainda que está
preocupado com as informações que a polícia deu à imprensa no dia 25 de setembro,
que davam conta da detenção de três membros do MDM, mas tendo-se recusado de
identificar dois deles. Segundo as fontes do MDM, não se sabe quem são, e se
ainda continuam detidos.
Fonte: Boletim sobre o processo
político em Moçambique Número EN 51 - 6 de Outubro de 2014
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