A Polícia desistiu de abrir um processo-crime contra o padre católico que foi apanhado em flagrante no sábado em alegados rituais “satânicos” num cemitério familiar de Quelimane, Zambézia, centro de Moçambique, disseram hoje à Lusa várias fontes.
“Não foi lavrado um processo-crime, a polícia interveio para evitar a justiça popular de que estavam a ser alvo o padre (Eusébio) Albino, um curandeiro e o seu ajudante”, disse à Lusa Elsidia Filipe, porta-voz do comando da Policia na Zambézia.
O Padre Eusébio Albino, da Congregação Diocesana, director Espiritual do Seminário Agostinho, Capelão da Universidade Católica de Moçambique, foi surpreendido no cemitério de Tiquiniwa (Namuinho, norte de Quelimane) "a praticar obscurantismo", supostamente para enriquecimento ilícito.
O padre, que foi encontrado com duas galinhas mortas, lâminas e cinco litros de sangue, escapou a um linchamento popular com a intervenção policial. O curandeiro foi levado para um hospital local com ferimentos ligeiros.
A igreja Católica suspendeu o sacerdote “até que haja esclarecimento”, porque o caso “fere a moral da igreja”, refere um comunicado da igreja divulgado hoje.
Em declarações hoje à Lusa, o vigário geral da Diocese de Quelimane, Meneses Barroso, disse que um processo interno foi levantado contra Eusébio Albino.
Fonte: LUSA - 01.04.2014
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