Já na recta final, enquanto o dia do tira-teimas não chega, a Frelimo promoveu, este domingo, último da campanha eleitoral, um “showmício” no bairro Muelé, que arrastou muita gente, não se sabendo se para ouvir os discursos ou para ouvir música.
Entretanto, a Frelimo e o seu candidato convocaram trabalhadores da Função Pública para uma reunião do tipo à “porta fechada”, pese embora o discurso oficial fosse direccionado ao pedido de voto. Enquanto o nosso repórter se dirigia ao local do encontro para fotografar o momento, ele cruzou-se com alguns desses funcionários que diziam: “não temos como não participar nesta reunião, ai de ti se não fores.”
Na verdade, a maioria dos trabalhadores estava ali porque não podia faltar, mas demostrou claramente a sua insatisfação em relação ao procedimento do partido dos “camaradas”, personificado na Função Pública. Outros funcionários a quem nós perguntámos o que acham destas eleições manifestaram o seu cepticismo por tudo o que está a acontecer na antecâmara.
Um deles dizia-nos: “eu pessoalmente gosto de Guimino, é um jovem humilde, competente, que sabe valorizar as pessoas, mas está metido num sistema cuja tendência é esmagar aqueles que pensam de forma diferente.”
Recorde-se que Benedito Guimino é na verdade trabalhador, ele demonstrou-o em várias ocasiões, mesmo que nos últimos meses do seu mandato tenha iniciado, sem concluir, a pavimentação “ad-hoc” de algumas ruas, sem contemplar o devido sistema de drenagem, para além da má colocação do próprio pavêt, o que pode propiciar um problema sério, amanhã, na manutenção dessas vias.
Esta acção é vista pelos munícipes como sendo uma actividade de campanha. Mas até porque, como já o dissemos, Guimino pode não ser crucificado, ele pessoalmente, por causa desse trabalho mas a juventude continua desesperada, e poderão ser estas pessoas de pouca idade, que já não acreditam muito, a penalizarem um homem por causa de um partido que caminha em direcção contrária aos anseios desta camada social.
O candidato da Frelimo e o seu partido, desta vez, não estão tão à vontade como provavelmente estiveram nas eleições intercalares, porque existe uma tendência de jovens, que parecem estar com a “maçaroca”, mas que dizem coisas diferentes noutros lugares. Os professores e o pessoal da saúde (temos falado com muito deles) já dizem que chegou a hora da verdadeira mudança, o que nos leva a acreditar que Inhambane terá, desta vez, eleições bastante renhidas.
Fonte: @Verdade - 18.11.2013
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