Por Borges Nhamirre
Ao afirmar que os dirigentes da Frelimo gozam do exclusivo direito de serem ricos, pelo facto de terem desencadeado a Luta de Libertação Nacional, que trouxe a Independência ao País, o general Alberto Chipande, estava a assumir o qualificativo atribuído aos libertadores africanos, pelo rapper moçambicano, Azagaia, de “combatentes da fortuna”.
Ao mesmo tempo, Chipande trouxe a nu, a ideologia dos actuais dirigentes da Frelimo, de acumular riqueza nas suas mãos, em detrimento da maioria dos moçambicanos.
Ao afirmar que os dirigentes da Frelimo gozam do exclusivo direito de serem ricos, pelo facto de terem desencadeado a Luta de Libertação Nacional, que trouxe a Independência ao País, o general Alberto Chipande, estava a assumir o qualificativo atribuído aos libertadores africanos, pelo rapper moçambicano, Azagaia, de “combatentes da fortuna”.
Ao mesmo tempo, Chipande trouxe a nu, a ideologia dos actuais dirigentes da Frelimo, de acumular riqueza nas suas mãos, em detrimento da maioria dos moçambicanos.
Que ninguém me venha justificar que Alberto Chipande estava a expressar sua exclusiva opinião, e não do Partido. Ao analisar os pronunciamentos do general Chipande, não devemos esquecer que ele ocupa a posição do terceiro homem mais forte na hierarquia do partido. Depois de Armando Guebuza, presidente, e Filipe Paúnde, secretário-geral, segue, na hierarquia da estrutura da Comissão Política da Frelimo, o general Chipande.
E mais, Chipande não falava em sua defesa pessoal, falava, sim, em defesa dos dirigentes da Frelimo. “Hoje existe uma tendência de se dizer que todos os dirigentes da Frelimo são ricos. Eu pergunto: ricos de quê e em quê? E se forem ricos, qual é o mal? Afinal de contas não foram os mesmos que trouxeram à independência que vocês estão a usufruir?”. Estas são palavras do general Chipande. Como se pode ver, Chipande não falava em defesa da sua riqueza, defendia a riqueza dos dirigentes da Frelimo, no seu todo.
Se o que Chipande estava a dizer é sua opinião, e não do partido, que o secretário-geral da Frelimo venha a público esclarecer aos moçambicanos que a Frelimo não lutou pela riqueza, mas sim pela Libertação do País. Enquanto isso não acontecer, muitos moçambicanos, como eu, continuarão a pensar que os actuais dirigentes da Frelimo são, de facto, combatentes da fortuna.
E para que o general Chipande não me venha perguntar, “qual é o mal se os dirigentes da são combatentes da fortuna”, vou aqui adiantar-lhe algumas respostas.
Primeiro: do ponto de vista legal, em nenhuma lei moçambicana está escrito que os combatentes da luta de libertação nacional têm o exclusivo direito de concentrar riquezas nas suas mãos, em detrimento da maioria do povo.
Em segundo lugar: não se conhecem os critérios usados para se seleccionar aqueles combatentes da Luta de Libertação Nacional que devem acumular riquezas, e os que devem morrer desgraçados.
É que nem todos os combatentes da luta de libertação nacional são ricos, tal como Chipande e outros camaradas da Comissão Política, o são.
Terceiro: não foram só os actuais dirigentes da Frelimo que lutaram pela independência. Penso eu, que a luta pela independência foi de todos os moçambicanos, pelo que, os frutos desta mesma independência devem beneficiar a todos os moçambicanos.
Lázaro Khavandame, Urias Simango, Joana Semeão, Padre Gwenjere, lutaram pela independência e colheram execução. Alberto Chipande, Armando Guebuza, Joaquim Chissano, lutaram pela mesma independência e ganharam riqueza.
E mais, Chipande não falava em sua defesa pessoal, falava, sim, em defesa dos dirigentes da Frelimo. “Hoje existe uma tendência de se dizer que todos os dirigentes da Frelimo são ricos. Eu pergunto: ricos de quê e em quê? E se forem ricos, qual é o mal? Afinal de contas não foram os mesmos que trouxeram à independência que vocês estão a usufruir?”. Estas são palavras do general Chipande. Como se pode ver, Chipande não falava em defesa da sua riqueza, defendia a riqueza dos dirigentes da Frelimo, no seu todo.
Se o que Chipande estava a dizer é sua opinião, e não do partido, que o secretário-geral da Frelimo venha a público esclarecer aos moçambicanos que a Frelimo não lutou pela riqueza, mas sim pela Libertação do País. Enquanto isso não acontecer, muitos moçambicanos, como eu, continuarão a pensar que os actuais dirigentes da Frelimo são, de facto, combatentes da fortuna.
E para que o general Chipande não me venha perguntar, “qual é o mal se os dirigentes da são combatentes da fortuna”, vou aqui adiantar-lhe algumas respostas.
Primeiro: do ponto de vista legal, em nenhuma lei moçambicana está escrito que os combatentes da luta de libertação nacional têm o exclusivo direito de concentrar riquezas nas suas mãos, em detrimento da maioria do povo.
Em segundo lugar: não se conhecem os critérios usados para se seleccionar aqueles combatentes da Luta de Libertação Nacional que devem acumular riquezas, e os que devem morrer desgraçados.
É que nem todos os combatentes da luta de libertação nacional são ricos, tal como Chipande e outros camaradas da Comissão Política, o são.
Terceiro: não foram só os actuais dirigentes da Frelimo que lutaram pela independência. Penso eu, que a luta pela independência foi de todos os moçambicanos, pelo que, os frutos desta mesma independência devem beneficiar a todos os moçambicanos.
Lázaro Khavandame, Urias Simango, Joana Semeão, Padre Gwenjere, lutaram pela independência e colheram execução. Alberto Chipande, Armando Guebuza, Joaquim Chissano, lutaram pela mesma independência e ganharam riqueza.
Assim que não reste mais dúvidas a ninguém. Até pronunciamento contrário, que fique claro que não é pela liberdade que Chipande e companhia lutaram. Lutaram pela fortuna.
Fonte: Bantulândia onde o leitor pode também ler alguns comentários muito importantes.
Fonte: Bantulândia onde o leitor pode também ler alguns comentários muito importantes.
18 comentários:
Mano Reflectindo,
Aqui na Beira estão a dizer que o Davis exonerou o Geraldo Carvalho porque Davis não aceita crítica e Geraldo Carvalho criticou-lhe abertamente por causa da má gestão do Municipio da Beira e por Daviz estar a ser enganado por aqueles ambiciosos que sairam da Renamo. Dizem que tais ambiciosos injectaram muito veneno ao Davis para ele odiar o Carvalho e eles conseguirem controlar o Davis.
Também dizem que Davis é uma pessoa que não aceita crítica e gosta de trabalhar sozinho.
Estou a pedir para me orientar e dizer como posso responder a esses críticos.
Eu acho que Carvalho era muito melhor que esse novo porta voz
Manuel Fogão
Seja qual for a veracidade dos factos, era bom que Deviz tivesse muito cuidado e atenção com os sanguessugas.
Um abraço
São os mesmos sangessugas que sugaram ao Dhlakama até a última gota e agora começaram a sugar o Daviz. A professia ainda vai no adro.
De facto o Geraldo foi quem deu corpo pelo Daviz aquando da sua expulsão e quem mais lutou pelo surgimento do MDM.
Agora que a papa ja esta feita, os bons apareceram para comer.
É a velha história do gato e cão...quem cassa é o cão e quem come a carne é o gato.
O Geraldo não merecia.
Carlos
“Hoje existe uma tendência de se dizer que todos os dirigen¬tes da Frelimo são ricos. Eu per¬gunto: ricos de quê e em quê? E se forem ricos, qual é o mal? Afinal de contas não foram os mesmos que trouxeram à independên¬cia que vocês estão a usufruir? Joaquim Chipande
Não consigo encontrar, nesta frase, algo que faça concluir que os dirigentes da Frelimo são combatentes da fortuna.
Primeiro Chipande questiona se de facto os dirigentes da Frelimo são ricos. RICOS DE QUÊ E EM QUÊ?
Por fim Chipande lança a hipótese deles serem realmente ricos e pergunta, tal como outros moçambicano, qual seria o problema dum dirigente da Frelimo ser rico. Será que está proibido de ser rico por ser dirigente da Frelimo. E SE FOREM RICOS, QUAL É O MAL?
Ou é um problema grave de interpretação de texto, o que é decepcionante para um individuo com formação superior, ou é situação de desespero onde adversários políticos procuram qualquer elemento para servir de arma de arremesso.
Reflectindo, o seu nível intelectual está a baixar
Sérgio Santos
Caros,
Para a vossa informacão, eliminei aqui dois comentários. Não é o meu hábito de censurar e nem a isso aspiro, mas não gosto de indisciplina.
REFLECTINDO-
NAO CONFUNDA LIBERDADE DE EXPRESSAO E DE OPINIAO COM INDISCIPLINA!
NOTA 0 PELA SUA AITUDE!
Mano Manuel Fogão
Obrigado por mais uma visita e por me/nos alertar sobre os murmúrios por essas bandas da Beira. Estou resistindo em não tratar assuntos em temas errados e como tal eu podia não te responder neste tema, mas pode ser que não tinhas onde enquadrar o assunto que colocas.
Pelo menos para mim, num processo político como o nosso, a opinião pública é muito importante. Se a opinião pública pode ser também intrigas e boatos, eis aí a razão de distinguir a verdade da mentira através de uma análise profunda. A política tem disso, e algumas vezes nem é preciso serem intrigas e boatos, pelo menos não assim voluntariamente, mas o que tudo possa partir de suposições aliados ao desejo individual.
Portanto, é provável que os que lançaram o que dizes, gostariam que Geraldo Carvalho continuasse como porta-voz do MDM. Eles podem ter as suas razões e uma delas é que conhece-se melhor o Carvalho e a sua dedicação. Eu também posso confessar que o Carvalho tinha o meu voto de confiança como porta-voz.
Porém, para mim, isso não significa que Carvalho nunca devia deixar de ser porta-voz do MDM ainda que isso signifique aliviá-lo do peso como tudo está explicado. Geraldo Carvalho é membro da Comissão Política do MDM, isto é, ele é um membro da direcção (liderança) deste partido e o meu desejo foi de ver este órgão a funcionar a todo o gás e a tornar-se mais forte. Aliás, parte dessas alegações chegou na imprensa moçambicana, mas tanto Daviz Simango como Geraldo Carvalho negaram de tais alegações como se pode ler o que os dois afirmaram perante jornalistas (confira aqui) :
“... a indicação de um novo porta-voz visa apenas galvanizar as acções do partido e libertar Geraldo Carvalho para outras tarefas no seio da Comissão Política, dado o tempo que se aproxima.” (Daviz Simango)
“... Sou membro da Comissão Política e membro fundador do MDM. Vou dedicar-me mais a este órgão. Tudo o que dizem sobre a minha alegada arrogância não passa de calúnias de pessoas de má-fé e que querem destruir o partido.” (Geraldo Carvalho).
Agora cabe ao novo porta-voz fazer um trabalho pelo menos ao nível do trabalho de Geraldo Carvalho. O meu desejo é que o trabalho do Sousa seja superior para todos nós dizermos que a mundança valeu a pena.
Um abraço
P.S: querendo me escrever és o meu endereço: askwaria@gmail.com
Caros Muna e Carlos
Tenho dito e mesmo perante a Daviz que é necessário evitar-se em alimentar interesses individuais de alguns membros, mas sim, procurar-se a defesa e preservação dos interesses colectivos e sobretudo os do partido, fortalecendo-se os órgãos e a coesão através de uma democracia e justiça internas.
Acho que se estou certo no que digo é assim como não só Daviz, mas todos os membros e não menos os que pertencem aos órgãos directivos do partido devem trabalhar. A cada membro simples e simpatizante do MDM, cabe-lhe exigir aquilo e a coerência aos dos órgãos directivos.
Abraços
Reflectindo, espero que não consideres esta mensagem de indisciplina.
afinal o que se passa com a sensura ?
será um metodo de trabalho no MDM ?
xana
Caro Sérgio Santos
1. “Reflectindo, o seu nível intelectual está a baixar” (Sérgio Santos).
Isto não me mexe já que nunca li onde o Sérgio Santos escreveu que o meu nível intelectual estava a subir ou estava no topo. Veja que pode ser que o meu nível intelectual esteja a subir porque sempre foi baixo.
2. Como é possível que o Sérgio Santos com alto nível intelectual é capaz de analisar o meu nível intelectual em local onde ainda não emiti a minha opinião? O texto foi escrito pelo jornalista e estudante das relações internacionais Borges Nhamirre, indiquei o autor e a fonte. Então o meu nível intelectual baixa por isso? Ou é por ter postá-lo aqui no Reflectindo com o intuito de debate? Depois não te esqueças a ler a resposta do Marcelino Massingue no Bantulândia
3. Parece-me, que Sérgio Santos não está a par do que se trata e nem tem conta que outros jornalistas como José Belmiro do País já escreveu com mais detalhes o que o General Alberto Chipande disse em Nacala-Porto. Note que ele disse aos jornalistas que escrevessem o que ele dizia. O texto de José Belmiro postei aqui e emiti a minha opinião e julgo clara ou seria a partir dessa que deviamos discutir. A mesma opinião deixei no Diário de um sociólogo.
Um abraço
Xana
Este não é blog do MDM é o meu e criei em 2005.
Concordo com chamada de atençao da Xana.
porque que voce censurou as duas opinoes?
sao apenas opinioes!!!
por acaso, li-os e nao tem nada de indisciplina-
talvez nao agradou ao adminstrador do reflectindo.
Patrao é Patrao
Nao critiquem a frelimo.
No fim do dia, somos todos iguais.
Uns mais tolerantes que os outros...
Manuel Fogao que pede opiniao ao Reflectindo, esta a tentar atingir o Presidente do Municipio da Beira e ao novo porta voz.
A linguagem é bem conhecida.
Estamos familiarizados com este genero de atitudes.
Ainal deixar de ser porta voz é problema?
As pessoas, devem ser colocados onde melhor servem ao público, a sociedade.
Nao veijo mal algum.
Na modernidade política, nao há lugares vitalícios, há desafios!
os desfios! enfrentam-se
Primeiro, que os donos das mensagens que apaguei me contactem pelo askwaria@gmail.com. Quero os informar do porque os apaguei e apagarei sempre que tiver o mesmo conteúdo;
Segundo, aviso sobretudo aos últimos anónimos que este espaco não é para ataques pessoais e demais coisas com que não pactuo. Todos têm o direito de questionar e não só, mas também direito à resposta. Se o Manuel Fogão informou o que algumas pessoas falam sobre a desafectacão de Geraldo Carvalho, até porque fez e faz um bom servico ao MDM, porque traz-nos a opinião de alguma camada. O que vocês deveriam ter feito era esclarecer os factos ou trazer as vossas opiniões depois duma reflexão profunda e consultas nos sites de órgãos de informacão ou outras fontes bem esclarecidas ao assunto sem nenhum ataque pessoal. O que vocês tentam é dizer que tudo está bem, tudo está esclarecido aos membros e simpatizantes do MDM. Isso que é MUITÍSSIMO PERIGOSO tem o seu nome em Mocambique que é "puxa-saquismo."
Terceiro, o assunto aqui é sobre se o General Chipande assume ou não que os dirigentes da Frelimo são combatentes da fortuna. Portanto, o assunto não é Manuel Fogão.
Quarto, eu disse e repito a dizer que o blog é meu com todos os direitos.
Obrigado Mano Reflectindo,
esses puxas sacos so gostam de lamber botas.
Querem me criticar por eu dizer aquilo que estão a comentar na Beira. Se eu mentisse a falar bem do MDM e do Davis iam me elogiar.
Manuel Fogão
Mano Manuel Fogão,
De nada. Se te criticassem até não era problema, mas que não te atacassem sabendo-se que estás a transmitir algo que pode prejudicar o MDM e Daviz. Fizeste o mesmo que a STV e o País fizeram e deram oportunidade a Daviz e Geraldo Carvalho a pronunciarem-se sobre o que por aí se fala. Imaginemos que nenhum jornal tivesse feito isso, então para quem ouvisse falar disso, seria verdade. Para mim, a lideranca do MDM não podem estar a confiar que todos os beirenses acompanharam as declaracões de Daviz e Carvalho na STV ou no O País. Todos nó devemos trabalhar para dissipar os equívocos.
Abraco
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