Eu falo de povo para povo
Porque eu sou povo e tu és povo
Usamos a mesma linguagem
E quando tu falas eu te oiço
Quando eu falo tu me ouves
Partilhamos as mesmas dores
Se te cansaste de pedir favores
Entao venha para Marcha
Tu que és mal pago
Mas te esfolas no trabalho
Tu que não és pago
E recebes esmolas no trabalho
Sim tu que és humilhado por não teres ido a escola
Ninguém percebe que tiveste que pegar cedo no trabalho
Tu que pagas impostos
ficas sem nada nos bolsos
Tu que fazes derigentes engordarem como porcos
Tu que não percebes economia nem politica
Dizem que o país desenvolve mas no teu prato nao vês comida
Tu que serás lembrado só nas próximas eleições
E verás o candidato em helicopetros e aviões
Tu que vieste pra cidade a procura de sustento
Porque no campo a agricultura não dura sem investimento
Tu que te apertas com os teus filhos num quarto de dependência
Acordas cedo, dormes tarde a lutar pela independência
Sim tu que és escorraçado nos passeios da cidade
A mesma policia que te escorraça não quer criminalidade
Tu que te formaste mas isso não basta no curriculo
Mais importante que habilitações é ser membro do partido
Tu que és do Centro, és do Norte e as vezes doe-te muito
Ver tua provincia empobrecer, será que Moçambique é só Maputo?
Tu que perdeste a tua familia no Paiol de Malhazine
E não viste os culpados serem julgados pelo crime
Tu que perdeste heróis e amigos vítimas deste regime
Se nao gritares comigo eles nao pagam pelo crime.
Refrao:
Ladroes----fora
Corruptos----fora
Assassinos----fora
Gritem comigo pra essa gente ir embora
Ladroes----fora
Corruptos----fora
Assassinos----fora
Gritem comigo pois o povo já não chora
II
E o povo apenas pede transparência
Queremos uma auditoria nos ministérios e presidência
Um levantamento de bens e orçamento
Os zeros no vencimento
Pra combatermos a pobreza vamos combater o enriquecimento
Baixem o salário dos deputados
Directores e ministros
E essas regalias dos Mercedes e subsidios
É tanto luxo, no meio do desemprego e do lixo
Porque que num país tao pobre, os dirigentes são tão ricos?
Declarem os vossos bens antes de assumirem as pastas
Ao povo o que é do povo
Não é pra construirem casas
No Triunfo e Belo Horizonte
Enquanto jovens recém-formados vêm o futuro sem horizonte
E é mesmo lá na fonte
Que esse Fórum Anti-corrupção
Tem que apontar os corruptos
Se não encontram corrupção
Então voces são os corruptos
Mudem o modo de governar ou então mudem o governo
É que nem o Império de Gaza foi eterno
Vamos mudar a nossa estratégia de luta
Se os ricos roubam os pobres
vamos combater a riqueza absoluta
E se ha salario mínimo que haja salário máximo
Pra cada cidadão um cargo de chefia no maximo
E a Constituição da República que seja destribuida
Nas escolas, nas igrejas,e divulgada pelos media
Abaixo o pacifismo, vamos andar de cabeça erguida
Nem que pra isso,tenhamos que sacrificar a alguma vida.
Refrão 2x
Com embargo
Há 7 horas
3 comentários:
Fiz uma pequena analise desta critica social no meu blogue. Aproveitei os versos do teu blogue para depois estabelecer um paralelismo com a voz critica da musica mocambicana da era monolitica de Felizberto Felix. Um conterrano cuja voz melodica e a mensagem que passava era referencia obrigatoria nos tempos da Uni. E mais, quando era vez do amor, recorde-se da cancao "Quadra Certa". Um choque!
Já li a análise que fizeste. Muito boa análise e comparacão Dede. De facto, em todo o momento já houve críticos como se pode lembrar do "O rato roeu tudo" do falecido Salvador Maurício, de Nampula, nos princípios da década 80... Voltarei para o assunto.
Azagaia superou tudo. A letra desta música é um estímulo para aquela demissão em bloco de que Da Graça fala. Mas qual quê! Parecem um encosto estes senhores. Não largam o osso. Mesmo depois de o terem roído até as últimas. Deus nos acuda!
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