Automobilistas e passageiros recusaram-se hoje a integrar colunas do exército no troço de cem quilómetros entre Save e Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, exigindo o seu cancelamento, por estarem a "atiçar a instabilidade e o conflito".
"O exército escolta-nos, mas há ataques constantes no troço. Estes ataques visam militares. Então que nos deixem fazer sozinhos o percurso como dantes", disse à Lusa por telefone, Sebastião Jorge, transportador de carga, e que descreveu a existência de milhares de carros parados, cujos proprietários "recusam-se a integrar a coluna no Save".
Um novo ataque, atribuído a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, feriu hoje dois civis, após dois dias de interregno nos confrontos, quando a coluna do exército, de Muxúnguè para Save, foi emboscada na região do rio Gorongosa, na N1, a estrada que liga o sul e o centro do país.
Depois de metralhada a viatura blindada do exército que lidera as escoltas, a coluna ficou imobilizada durante cerca de 30 minutos de "fogo cruzado" e dois civis ficaram feridos ao caírem quando tentavam fugir do tiroteio, disse à Lusa fonte do Hospital Rural de Muxúnguè, para onde foram transportados.
Há quase duas semanas, as ofensivas foram intensificadas no troço Save-Muxúnguè, onde a movimentação de passageiros e carga são realizadas sob escolta militar desde abril do ano passado, quando eclodiram os primeiros confrontos.
"Nós recusamo-nos a integrar as colunas, porque estas não nos servem. Ao invés de ficarmos protegidos com o exército, estamos mais expostos e vulneráveis. Logo é preferível que sigamos sozinhos sem nenhum militar", declarou à Lusa um transportador de passageiros, que aderiu à paralisação no Save.
"Estamos cansados com a situação. Desde há duas semanas só há uma escolta em cada sentido, isso leva-nos a pernoitar várias vezes, ficar à espera e com custos elevados, porque as escoltas priorizam transportes de passageiros e viaturas pequenas", declarou Anastácio Torres, camionista.
A escalada dos ataques ressurgiu quando a Renamo suspendeu na semana passada o cessar-fogo unilateral que havia decretado, e já fez três militares mortos, 28 feridos, dos quais 13 civis.
Fontes militares no Save asseguraram à Lusa que a escolta de regresso para Muxúnguè, ao fim de três horas de negociações, apenas integrou viaturas ligeiras e alguns transportadores locais, sendo que os camionistas de longo-curso e os transportadores de passageiros interprovinciais "se recusaram a sair".
Recentemente, em declarações à Lusa, Basílio Monteiro, vice-comandante da Polícia moçambicana, garantiu que as escoltas militares só seriam "desativadas" quando se alcançasse a "estabilidade e segurança" dos viajantes.
Fonte: LUSA - 10.06.2014
2 comentários:
recxem meus irmaox a renamo xo ataca alvos militares, a frelimo inxixte a voxes integrar a coluna para enganar a comundade internacional k a renamo xta atacar civis, forxa negam com voz viva
Cuidado com anarquistas podem dar desordem, não um grupo de automobilistas que determinam as ordens, num território onde os caçadores humanos estão matar e governo fica parado.cuidado está ideia são dos mesmos para ganhar o terreno cuidado governo
Enviar um comentário