Nigeriano abusou sexualmente 13 raparigas: Moradores exigem expulsão do violador

OS residentes do bairro da Urbanização, na cidade de Maputo, exigem a expulsão de um comerciante de origem nigeriana, que recentemente protagonizou um escândalo de abuso sexual a 13 menores da sua zona residencial.

Revoltados com o sucedido, os moradores do quarteirão 11, onde ocorreu o caso, repudiam veementemente a conduta daquele cidadão, identificado apenas por Valentim, ao mesmo tempo que dizem não querer mais ver o indivíduo.

Entrevistados pela nossa Reportagem, os moradores foram unânimes em afirmar que o cidadão em causa aliciou as raparigas com valores monetários para abusá-las sexualmente.

Jorge Magaia, um dos residentes do bairro, cuja sobrinha foi vítima dos actos hediondos do comerciante, disse que o seu desejo é vê-lo longe do bairro e se, possível do país, para servir de exemplo e evitar-se que situações similares voltem a acontecer.

“Ele deve ser expulso do bairro porque revelou não reunir postura para uma convivência social. O homem aproveitou-se da situação da pobreza em que se encontram as raparigas para abusá-las”, afirmou Magaia.

Maria Simbine, outra moradora, referiu que o caso da violação sexual das 13 menores está a deixar preocupado a todos, daí que o seu autor tem que ser expulso do bairro.

“Não temos outra medida senão expulsá-lo daqui. Não queremos viver com pessoas de má conduta, que representam um perigo aos restantes”, disse Simbine.

Em contacto com Francisco Nhanala, chefe de quarteirão 11, onde ocorreu o escândalo, soubemos que está agendada para hoje uma reunião com os moradores do bairro para discutir a decisão a tomar face a este caso que chocou os moradores do bairro do Urbanização, em geral, e do quarteirão 11, em particular.

Francisco Sive, secretário do bairro da Urbanização, não adiantou nada sobre a decisão a ser tomada pelas estruturas do bairro, mas disse não ter recebido dos moradores qualquer pedido para a expulsão daquele cidadão nigeriano daquela área residencial.

Entretanto, tal como os moradores, Francisco Sive considerou que o comportamento do nigeriano é condenável e que a vontade dos demais é legítima. Neste momento, o suposto violador encontra-se encarcerado na Cadeia Central.

Fonte: Jornal Notícias - 28.06.2014