Estimativas recentes apresentadas pelo Ministério das Obras Públicas e Habitação apontam que 75% da população vive em casas precárias. Os dados são assustadores, sobretudo se se tomar em conta o facto de a habitação condigna ser direito consagrado na Constituição da República. As dificuldades de acesso à habitação justificam-se, sobretudo, por altas taxas de juro da banca e elevados custos de materiais de construção. Para iniciar passos concretos rumo à redução do preço da habitação, o Governo e o sector privado voltaram a reunir-se, esta segunda-feira.
Ainda não há alternativas concretas, já que o encontro de ontem servia de auscultação a várias sensibilidades. Isto é, a Confederação das Associações Económicas (CTA) juntou vários actores importantes para definir caminhos concretos a serem levados a cabo para tornar a habitação um sonho possível de realizar com relativamente menor dificuldade. A reunião de 15 de Julho próximo, com a apresentação do estudo da CTA sobre a área imobiliária, poderá dar resposta a muitas questões que hoje se colocam.
O presidente da CTA, Rogério Manuel, constatou, na abertura, que “um dos sub-sectores de destaque em termos de investimento em Moçambique é o imobiliário, em que, apesar do aumento do desenvolvimento de projectos, subsiste o problema da falta de habitação adequada em Moçambique”.
Para Manuel, a situação deve-se a uma combinação de factores, como indisponibilidade de talhões infra-estruturados ou demarcados, o que leva a uma ocupação desordenada e sem segurança; custo alto dos materiais de construção, sobretudo de uma habitação adequada; baixo rendimento da maioria das famílias, o que dificulta o acesso ao crédito à habitação.
Fonte: O País online - 17.06.2014
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