Machatine Munguambe nega acusações e diz ter sido vítima de “cabala”

Munguambe abordou, pela primeira vez, a alegada gestão danosa no TA

O presidente do Tribunal Administrativo (TA), Machatine Munguambe, abordou, ontem, pela primeira vez, o alegado escândalo financeiro que no ano passado abalou o Tribunal Administrativo (TA).

Falando perante membros da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e da Legalidade (CACDHL), Munguambe negou ter havido gestão danosa na instituição que dirige e diz que tudo foi uma invenção.

Com emoção à mistura, Machatine Munguambe disse que a alegada gestão danosa no TA, que teria resultado num alegado escândalo financeiro de cerca de 170 milhões de meticais, e que veio a público por via da imprensa, tendo como fonte um relatório de auditoria interna, não passou de uma “cabala”.

“Foram inventadas várias falsidades para me atingir. Em todos os quatro anos anteriores tivemos auditorias internas e reportaram alguns problemas, mas, no último ano de mandato, vieram invenções que se tornaram o pior momento da minha vida”, desabafou Munguambe, falando aos deputados.

O presidente do TA disse que o único “erro” que pode ter cometido foi introduzir o pagamento de subsídios a alguns quadros, como forma incentivar e estimular o seu desempenho. Entretanto, Munguambe disse que o valor gasto (em montante não especificado) já está a ser devolvido à proveniência, através de um processo que, no seu caso, está a prejudicar a família.

 “Reunimos com todas as pessoas que beneficiaram dos subsídios e concordamos em repor. Eu, inclusivamente, estou a contribuir para a reposição desse valor, mesmo não tendo entrado no sistema de incentivos”, explicou Munguambe.

Fonte: O País online - 02.07.2014