Populares de Murrua, em Angoche, estão a obstruir a circulação de camiões da empresa Hayu Mozambique Mining, concessionária das areias pesadas de Sangage, na província de Nampula, norte de Mocambique, como forma de pressionar a companhia a implementar projectos de responsabilidade social.
Para impedir a circulação dos camiões desta empresa, os manifestantes colocam troncos e erguem barricadas nalgumas secções da estrada por onde passam os meios circulantes transportando minérios para o porto, local a partir do qual se fazem as exportações.
A Direcção Provincial dos Recursos Minerais e Energia de Nampula, segundo anuncia jornal o Noticias, considera de improcedentes as reivindicações da população, avançando que a empresa tem vindo a cumprir o seu papel.
O porta-voz e inspector da Direcção Provincial dos Recursos Minerais e Energia, Fila Lázaro, disse que o Governo não constatou qualquer violação do memorando de entendimento relativo a responsabilidade social rubricado com a mineradora chinesa, há cerca de dois anos.
A mineradora está a desembolsar regularmente os fundos acordados com o Governo para financiar projectos de geração de rendimento, apoio institucional e governativo e projectos de índole social. Desde que o memorando foi rubricado já foram desembolsados cerca de um milhão e quinhentos mil dólares norte-americanos, disse Fila Lázaro.
Com o montante foram adquiridos vários bens, nomeadamente ambulância para o Hospital Rural de Angoche, reabilitação e operacionalização da morgue e a restauração de parte significativa do edifício da unidade sanitária.
A população beneficiou de fundos para geração de renda, com vista à melhoria da sua qualidade de vida.
Recentemente foram alocados 27 milhões de meticais ( 875,205 dolares norte-americanos) para a construção de uma linha de transporte de energia eléctrica da rede nacional, a partir da cidade de Angoche para a vila de Sangage.
A fonte precisou que, para a solução do diferendo, já existem instruções sobre como lidar com o grupo de cidadãos que habita o povoado de Murrua e que está a impedir a passagem de camiões transportando o minério para o porto daquela cidade.
O chefe do Departamento dos Recursos Humanos na Haiyu Mozambique Mining, Day Arnaldo Amade, disse que o recrutamento de pessoal local para reforçar a mão-de-obra da sua empresa tem decorrido com normalidade.
O que acontece, segundo ele, e na maioria dos casos a população local não manifestar interesse em aproveitar as ofertas de emprego que a empresa oferece.
Fonte: AIM - 22.07.2014
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