Eldorado do gás e do petróleo na Bacia do Rovuma parece estar
a arrastar para Moçambique, para além das grandes companhias conhecidas
mundialmente nesta área, alguns empresários de cuja origem e capacidade não se
tem qualquer historial, situação que poderá pôr em causa os avultados investimentos
que estão a ser feitos naquela região, referem fontes que falaram ao SAVANA.
Segundo as informações a que o SAVANA teve acesso, alguns
desses empresários fizeram parte da delegação italiana que esteve em
Moçambique, em Maio, encabeçada pelo vice-Ministro do Desenvolvimento Económico
daquele país europeu, Carlo Calenda.
As mesmas fontes referem que muitas vezes não está claro
se estes empresários representam associações empresariais devidamente credenciadas,
pois eles deslocam-se ao país ostentando títulos que não correspondem à
verdade.
“São empresários que na Itália estão envolvidos em
determinadas áreas empresariais, mas que quando chegam a Moçambique
apresentam-se para fazer outros negócios, incluindo a gesto de lixo e na área da saúde”, disse uma fonte devidamente informada sobre
os investimentos europeus em Moçambique.
Isto, referem, traz complicações para os investidores
mais sérios, nomeadamente devido ao negócio de especulação da terra em que estão
envolvidos em Pemba e Palma.
Foi citada uma grande empresa europeia que está a
enfrentar dificuldades de desenvolver os seus negócios devido a entraves
colocados por estes alegados especuladores.
“Precisamos de ter mais informação sobre estas empresas”,
referiu a fonte, acrescentando que isso é importante para que não se abra
espaço a oportunistas.
Algumas das empresas indicadas neste grupo são descritas
como tendo se instalado em Moçambique há mais de um ano, tendo ganho apoio com
promessas de formação de moçambicanos na Itália, mas que até aqui nenhum jovem
moçambicano terá recebido qualquer formação naquele país. (F.G)
Fonte: SAVANA -25.07.2014
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