Dois cidadãos foram baleados por um agente da segurança privado da empresa MozSecurity por alegadamente terem recusado subornar-lhe ao mesmo para servirem-se da água de uma das torneiras das bombas de combustível localizadas no bairro de Jardim, ao longo da Estrada Nacional Número 1. Uma das vítimas poderá ser amputada a perna, devido à gravidade dos ferimentos. Trata-se de Manuel Gemo e Xavier Langa, motorista e o ajudante, respectivamente, que foram vítimas de disparos intencionais, na quinta-feira passada, por volta das 21 horas.
As vítimas foram atingidas quando pretendiam introduzir água no radiador do camião de cargaem que se faziam seguir. Tudo começou quando os jovens pretendiam usar a torneira de água e foram abordadas por um agente de segurança afecto ao posto em referência que condicionou o acesso à água ao pagamento de 20 meticais, segundo soube o nosso jornal. Os dois jovens recusaram-se a pagar por entenderem que a água e o ar para as rodas são serviços gratuitos nas bombas de combustíveis, uma atitude que terá irritado o agente de segurança privada que depois de travar uma discussão com os dois jovens decidiu abrir fogo contra os mesmo, na altura em que forçosamente se dirigiam à torneira para usarem água.
Os dois foram atingidos nos pés e ficaram internados no Hospital Central de Maputo, (HCM). Manuel Gemo ficou gravemente ferido e poderá ser amputado a perna esquerda segundo os familiares que dizem ter sido informados pelos médicos, enquanto Xavier Langa teve alta, ontem. Os feridos contam ainda que a empresa MozSecurity negou qualquer responsabilidade em relação ao caso.
Uma testemunha, por sinal, trabalhador das bombas de combustível onde ocorreu o caso, disse, em anonimato, que foram mais de cinco tiros disparados. A mesma explicou que depois do incidente o agente de segurança abandonou o local, assustado com o que fizera. Curiosamente, o mesmo foi detido no mesmo dia e solto no dia seguinte, segundo soube “O País”. Contactada pela nossa equipa de reportagem, a MozSecurity não quis falar do assunto, tendo nos remetido para uma próxima data.
Fonte: O País online – 22.07.2014
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