Moreira Alves, proprietário da Jomofi Construções, foi raptado minutos após entrar na sua residência, no bairro da Costa do Sol, arredores da cidade de Maputo, numa noite de Abril de 2012. A quadrilha tinha se introduzido instantes antes. Amarraram os guardas e substituíram-nos dos seus afazeres, o que concorreu para que a vítima caísse na armadilha.
Segundo escreve hoje o 'Noticias', o requerimento apresentado ao tribunal não detalha o teor dos telefonemas mas deixa claro a existência de chamadas anónimas feitas para o celular do empresário, o que lhe move a desistir do processo.
Segundo escreve hoje o 'Noticias', o requerimento apresentado ao tribunal não detalha o teor dos telefonemas mas deixa claro a existência de chamadas anónimas feitas para o celular do empresário, o que lhe move a desistir do processo.
Entretanto, o juiz e a magistrada do Ministério Público explicaram que, se tratando de crime público, não há como recuar, devendo-se avançar com o julgamento até ao fim.
Desta feita, acordou-se que Alves será ouvido hoje através do seu advogado e representante legal junto da 7.ª Sessão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. A esta audição seguir-se-ão as alegações finais.
Segundo consta no despacho de acusação, após o sequestro o construtor civil, Alves, foi levado para um cativeiro no bairro de Magoanine, arredores de Maputo.
A vítima levava na sua viatura cerca de 28 mil dólares, telefones celulares e outros valores de elevado valor. Em seguida, os sequestradores exigiram a família como valor de resgate 2 milhões de dólares norte-americanos.
Sendo que os familiares dispunham de 300 mil dólares, o filho da vítima foi orientado a deixar o valor no Campus da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e abandonar o local sem olhar para trás. O empresário só veio a ser solto três dias após o rapto.
Na última Terça-feira, foi ouvido Jainudin Norudini Dali, proprietário da Padaria Lafões, raptado pela quadrilha no dia 18 de Dezembro à entrada de sua casa, na Avenida Kim Il-Sung, numa das zonas nobres da capital.
Ao que relatou, após tomarem a sua viatura, os bandidos vendaram-lhe os olhos com um gorro e conduziram por cerca de meia hora. Ao tomarem conhecimento de que o carro tinha dispositivo de localização por satélite abandonaram-na para uma outra que lhes levou até ao cativeiro.
Norudini Dali passou oito dias nas mãos dos sequestradores sob ameaças de morte caso a família não pagasse 1 milhão de dólares norte-americanos que exigiam. Foi libertado num dos bairros da cidade e orientado a ficar à espera do seu filho no local. Ao que posteriormente soube, a família pagou 600 mil meticais (19.575 dolares norte-americanos) e 200 mil dólares.
Fonte. AIM – 24.07.2014
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