As organizações da sociedade civil denunciaram casos de usurpação de terra dos camponeses, na zona Norte do país, para dar lugar a plantações de soja do Prosavana.
Em conferência de imprensa realizada ontem, as organizações da sociedade civil, incluindo do Brasil e do Japão, reacenderam o protesto contra o Prosavana, alegando que estão a usurpar terras dos camponeses.
Dados fornecidos pela União Nacional dos Camponeses (UNAC) dão conta que, na província de Nampula, já foram ocupados seis mil hectares com plantações de soja que pertenciam a camponeses.
“Em Malema (província de Nampula), os camponeses estão a ser retirados de suas terras sem explicações claras. Uma empresa de plantação de soja ocupou dois mil hectares, retirou os camponeses e colocou-os numa zona pantanosa”, afirmou a vice-presidente da UNAC, Ana Paula Tauaca.
As organizações do Brasil e do Japão garantiram o seu apoio aos camponeses na luta contra o Prosavana, uma vez que nos seus países o projecto causou muitos efeitos negativos. As organizações afirmam, ainda, que a FAO, organização que devia apoiar os camponeses, confirmou o seu apoio ao Prosavana.
Hoje, as organizações vão realizar uma conferência triangular, entre os representantes de organizações de Moçambique, Brasil e Japão, onde será aprofundado o debate, com a presença de membros do Governo.
Fonte: O País online - 24.07.2014
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