A futura cidade de Palma, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, pode custar cerca de 114 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros), 80% dos quais a financiar pelo sector privado, foi anunciado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
Segundo o plano de urbanização, que foi na terça-feira objecto de consulta pública, a nova cidade, a erguer na zona onde está prevista a construção da plataforma de liquefação de gás proveniente da Bacia do Rovuma, vai estender-se ao longo de 18 mil hectares, numa área sete vezes maior do que a capital, Maputo.
A ENH planeava a conclusão deste projecto em 15 anos, mas na terça-feira adiantou que a complexidade da obra torna impossível o cumprimento do prazo, e, que uma execução de 25% já será um sucesso.
Para a nova cidade, numa área adjacente ao local onde estão previstas as unidades de liquefação de gás pelas concessionárias ENI e Anadarko, o plano contempla habitação, turismo, fábricas e indústrias de apoio à actividade de exploração dos recursos naturais, escolas e estabelecimentos de saúde.
Durante a consulta pública em Maputo, o projecto mereceu críticas por não ter estar acompanhado de um estudo de impacte ambiental e foram colocadas também dúvidas sobre as oito comunidades existentes no local, de cerca de oito mil pessoas.
A ENH garantiu que o plano não prevê o reassentamento destas comunidades e que os habitantes poderão prosseguir as suas atividades, incluindo agricultura e pesca, no futuro.
Finalizada a fase de consulta pública, o plano de urbanização de Palma, também conhecida como a futura "cidade do gás", será submetida ao conselho de ministros moçambicano.
Fonte: LUSA – 24.07.2014
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