O Porta-voz e conselheiro do Presidente da República, Edson Macuácua, garantiu, ontem, que o Estado sempre vai assumir as suas responsabilidades quanto à segurança do dirigente da Renamo, Afonso Dhlakama.
Edson Macuácua reagia assim a alguns pronunciamentos públicos feitos em alguma Imprensa segundo os quais o líder da Renamo não sai do local onde se encontra por razões de segurança. Para o porta-voz do Chefe do Estado, este argumento não corresponde à verdade, pois Afonso Dhlakama pode sair do local onde se encontra refugiado e circular livremente pelo território nacional com segurança garantida pelo Estado. Disse que a família moçambicana gostaria que o dirigente da Renamo saísse do isolamento a que se remeteu e participasse no processo eleitoral em curso, dentro das regras do jogo democrático.
“O Estado sempre vai assumir as suas responsabilidades quanto à segurança do líder da Renamo. Por isso, a segurança de Dhlakama nunca estará em causa e estas garantias já foram dadas ao dirigente da Renamo, portanto são do seu conhecimento”, afirmou.
Edson Macuácua deixou claro que não há intenção de eliminar Afonso Dhlakama.
Acrescentou que se houvesse essa intenção, poderia já ter acontecido, como por exemplo no dia em que se recenseou.
“Não aconteceu porque não há nenhuma intenção nesse sentido. Aliás, nem se enquadra nos valores defendidos pelo mais alto magistrado da nação. O Presidente Armando Emílio Guebuza é um homem da paz e de palavra. O Presidente Armando Emílio Guebuza defende uma solução pacífica, baseada no diálogo, um diálogo a ser desenvolvido com respeito à ordem constitucional, um diálogo que assegure a consolidação da unidade nacional, da paz e do desenvolvimento rumo ao bem-estar que todos almejamos e merecemos”, indicou, numa nota enviada ao “Notícias”.
Disse que o Chefe do Estado defende que as eleições devem reforçar a cultura de paz, estabilidade e o Estado de direito democrático pelo que todos os actores políticos devem participar no processo democrático e colocar-se à disposição do sufrágio popular.
Sublinhou que não há motivos para que o dirigente da Renamo sinta receio de se deslocar a Maputo, a capital do país, pois encontrará o Presidente Armando Emílio Guebuza de espírito aberto e pronto a dialogar, em prol do reforço da unidade nacional, da paz e do bem-estar dos moçambicanos.
“Há muitos dirigentes da Renamo, incluindo o secretário-geral, que já estiveram isolados com o dirigente da Renamo e que já se libertaram e hoje circulam livremente pelo país, promovem reuniões, conferências de Imprensa, sem que nada lhes aconteça, pelo que não há razões para receios por parte do dirigente da Renamo”, exemplificou.
Edson Macuácua disse que, na verdade, o dirigente da Renamo está com medo das eleições, daí que recorre a falsos pretextos para tentar encobrir a verdadeira causa do seu receio em sair do local onde se encontra.
As Forças de Defesa e Segurança, afirmou, sempre actuaram em defesa do povo e dentro da legalidade.
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