quarta-feira, julho 02, 2014

Ex-Ministro da Frelimo vai concorrer pelo MDM

Um ex-Ministro da Frelimo vai ser apresentado dentro de dias como candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) às eleições legislativas deste 15 de Outubro.

Uma fonte reputada disse ao mediaFAX que o antigo governante de Armando Guebuza vai ser colocado num lugar elegível da lista e concorrerá num círculo eleitoral onde partido tem fortes possibilidade de fazer eleger deputados. O mediaFAX sabe o nome do antigo governante em causa e o pelouro que ele dirigia, mas a nossa fonte alegou que não era oportuno ser anunciado publicamente.

O MDM tem atualmente 8 deputados na AR, 5 eleitos pelo círculo eleitoral de Sofala e 3 em Maputo cidade, eleitos no pleito de 2009, o primeiro em que participou.

Recorde-se, em 2009, o MDM foi excluído nos restantes 9 círculos eleitorais, em virtude de supostas “irregularidades” detectas pela Comissão Nacional de Eleições nas suas candidaturas.

Se este casamento se concretizar, o ex-Ministro vai se juntar a outros “desertores” da Frelimo, que se aliaram ao MDM, comprovando uma recente apetência deste partido para “recrutar” no partido no poder. O antigo director da PIC – Cidade de Maputo e deputado da bancada da Frelimo, António Frangoulis, é uma das figuras que consta na lista do MDM pelo círculo eleitoral da Província de Maputo, isto para as legislativas.

“Temos muitos membros clandestinos dentro da Frelimo e, nalgumas vezes interessa que eles se junte a nós, noutras preferimos que fiquem lá”, comentou ontem uma fonte sénior do MDM, que não quis ser identificada.


O mediaFAX sabe que o recentemente afastado PCA da Linhas Aeras de Moçambique,Carlos Jeque, está em negociações com o partido liderado por Daviz
Simango, mas ainda não há indicações muito precisas do rumo das negociações.

Marcelo Mosse,

MediaFax,30.06.2014 )

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde a todos desta pagina. Lamento bastante algumas atitudes das pessoas. Aliar se na oposição quando é demitido das funções de chefia, nao significa resolver os seus diferendos, pelo contrario é uma pessoa sem nenhuma visao. Se eu fosse um líder de uma oposição, teria que analisar bem esse tipo de pessoa que só conhece a oposição no tempo de aflição. primeiro iria deixar muito tempo no partido para avaliar o seu comportamento. Veja só, como sabe que este ano é de eleições, as pessoas procuram onde há fraqueza para se integrarem. Vejam com dois olhos.....

fermondla@gmail.com disse...

No seu entender o que é oposição?
Quando alguém é demitido significa que não tem confiança com o governo no poder, mas isto não quererá significar que ele não vale em qualquer canto, ou seja, inapto na sociedade! Isto está errado. Se você divorcia de uma mulher não significa que ela ficará sem se juntar com nenhum homem porque a deixou, é mentira. Deixem as pessoas a usufruírem de preferências políticas, que isso é riqueza da democracia.
Lamento muito a forma como muitos são chamados para um certo cargo: no inicio são acarinhados, aconselhados a aceitar o tal cargo e, comprometendo a ajudá-lo sempre, caso for necessário. Costumam deixar como recomendação –‘’ conte connosco, vamos ajudar’’. Mas, quando chega o dia em que de ti se fartam, procuram sempre evidenciar os seus erros, problematizam tudo e nada, chamam te de vários nomes: incompetente, ou seja, não é nosso! Agora, como não passar para a oposição quando um quadro é pejorado desta forma?

Reflectindo disse...

Caros, sou de opinião que apesar de ser necessário ter cuidado com certos compatriotas que aderem a um partido, acho necessário também que:

1) Evitemos o erro que se cometeu em 1975, na altura da independência. Esse erro que tanto penalizou o nosso país, foi de dispensar todo know how do tempo colonial, chamando-o de comprometidos. O seu impacto nota-se até hoje.

2) No tipo de democracia de Mocambique, não se é livre para manifestar suas simpatias políticas e sobretudo se a pessoa ocupa posições de relevo na função pública. E mesmo não ocupando alguma posição na função pública, o risco para ser marginalizado, transferido é maior se um dia notar-se que o funcionário se simpatiza com a oposição. Os que ocupam posições de relevo, até podem perder confiança no governo da Frelimo, apenas porque alguém o viu a falar amigavelmente com um membro da oposição. Portanto, esses podem ser conhecidos por um número muito restrito que se simpatizam com a oposicão e colaboram duma forma clandestina. Os membros e simpatizantes da oposicão não podem ser somente os desempregados.

3) Que sempre é necessário ter simpatizantes e membros deste tipo. São estes que ajudam a oposicão nas instituições públicas apesar de duma forma que não se aperceba.

4) Saibam que em Moçambique se um funcionário público recusar roubar para a Frelimo e os seus chefes é logo conotado em ser da oposição e se ocupa alguma chefia é demitido. Conheço muitos casos de directores de escolas, sector onde tenho ex-colegas.

Anónimo disse...

Sempre quando chega o momento das eleições as mentiras para ganhar votos são muitas