Dom Jaime Pedro
Gonçalves apela aos políticos «que assumam as culpas, abandonem as acusações
mútuas» e que as entidades de justiça punam aqueles que continuam a matar o
povo Moçambicano através da guerra.
«O governo e a
Renamo devem, com urgência, pôr fim à tensão política e militar porque os
Moçambicanos querem paz e não guerra” disse Dom Jaime.
Para o arcebispo
emérito da Beira, o continente Africano, e Moçambique em particular, estão a
viver momentos difíceis de guerra, pese embora alguns dirigentes digam que o
país não está em conflito armado.
O som das armas,
de acordo com Dom Jaime, mata pessoas indefesas e inocentes por falta de
entendimento entre políticos. Tudo isto significa que se está em guerra em
Moçambique, embora esta não tenha sido declarada.
«Todos os dias
ouvimos trocas de tiros entre as Forças Armadas da Defesa de Moçambique e
homens armados da Renamo, ouvimos que houve disparos contra um carro ou, na
pior da hipóteses, que morreram pessoas e ainda se diz que não estamos em
guerra, estamos em guerra sim», disse.
Dom Jaime vai mais
longe ao afirmar que os conflitos armados em África são apadrinhados, pois há
gente que está a tirar muito proveito das guerras.
«Apelo aos
políticos, em especial aqueles que pegam em armas, para olharem para os motivos
pelos quais o povo os elegeu e deixarem de desentendimento entre irmãos para o
sofrimento do povo», acrescenta.
O arcebispo
emérito da Beira disse estas palavras durante uma homília aos crentes da Igreja
Católica no bairro do Macuti, na cidade da Beira.
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