Os militantes festejaram às portas da cadeia provincial logo após às 07:30 da manhã da última segunda-feira, quando foram libertados e recebidos por Marcelino Marrengula, delegado político do MDM, e pelo professor Fernando Nhaca, candidato do partido às autárquicas em Abril.
Fontes do Tribunal Provincial de Inhambane apontam que outro preso pelo mesmo crime, uma mulher, será libertada até o fim desta semana da cadeia feminina de Dlavela, em Maputo.
Os 31 membros do MDM - 26 homens e cinco mulheres - foram julgados pelo tribunal judicial da cidade de Inhambane e condenados por tentativa de aliciamento eleitoral nas eleições autárquicas intercalares de Abril, naquilo que o partido de Daviz Simango considerou de “julgamento político”.
A acusação sustentava também que os réus criaram tumultos nos locais de votação. Em suma, a condenação baseou-se em alegadas práticas eleitorais ilícitas, e deu-se em 03 de Outubro. A reacção do MDM à condenação, prometia “uma guerra política e jurídica” contra o judicial, o governo e a Frelimo.
Eufóricos com a liberdade, os membros do MDM reafirmavam o seu apoio e militância no partido. “A entrada na cadeia foi dura, mas revestida de particular significado. A prisão reforçou a nossa afirmação política”, comentou um dos libertos que aparentava estar bem de saúde após 60 dias de prisão.
“Não estou arrependida pelo que se passou. Estou feliz por saber que o partido ainda existe, mesmo agora estou pronta para sair à rua e realizar actividade política em nome do MDM”, garantiu outra militante libertada do MDM em lágrimas. Lembre-se que todos os membros do MDM que compareceram ao julgamento do passado 03 de Outubro passado negaramÂÂ as acusações do Ministério Público. Afirmaram que estavam no local a fazer a logística do partido, fornecendo alimentos aos delegados do MDM nas Assembleias de voto. Os membros do MDM foram condenados a pagar ao Tribunal 2.835 meticais para além de indeminizar o Estado num valor de 300 meticais cada réu. (Eugénio Arão, em Inhambane)
Fonte: Savana - 08.12,2012
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