DHLAKAMA REAPARECE
Deste local até ao encontro com Dhlakama o percurso foi feito a pé. Entre os atalhos percorridos em fila indiana, caminhava-se para um lugar desconhecido. O capim alto cortava o horizonte e aumentava a ansiedade do grupo de brigadistas, jornalistas e dirigentes dos órgãos centrais eleitorais.
Naturalmente que a passada dos guerrilheiros da Renamo não era a mesma dos membros da comitiva. Enquanto eles andavam, nós, os restantes, corríamos, tal era a velocidade dos seus passos. Escalavam ravinas e desciam-nas com tanta perícia, apenas possível para quem domina totalmente o ambiente em que se encontra. Finalmente chegámos a um ponto de árvores frondosas, onde foi dada uma ordem para pararmos. Neste lugar estava improvisada uma cadeira e uma mesinha.
Montou-se o cenário para se recensear Afonso Dhlakama e cinco minutos depois ei-lo a descer de um ponto relativamente alto do local onde nos encontrávamos, acompanhado por uma cidadã identificada apenas por Lúcia, e a desejar as boas-vindas à comitiva.
Depois era, finalmente, a consumação do recenseamento eleitoral de Dhlakama, apesar de uns 15 minutos de espera devido a uma ligeira avaria de uma das máquinas.
A seguir falou aos jornalistas e depois voltou a sumir pelo mesmo caminho em direcção à parte incerta onde se encontra escondido, enquanto os brigadistas, jornalistas e membros da CNE e do STAE tomavam o caminho de regresso à procedência, neste caso a vila de Gorongosa. (RODRIGUES LUÍS)
Fonte: Jornal Notícias - 12.05.2014
Fonte: Jornal Notícias - 12.05.2014
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