O Tribunal Supremo de Lilongwe ordenou ontem a recontagem de votos em alguns locais depois que se detectaram algumas irregularidades no processo de votação nas presidências da semana passada, segundo reporta a Imprensa local.
O Tribunal assim decidiu a favor do Malawi Congress Party (MCP) depois deste ter contestado uma liminar obtida no sábado pelo Democratic Progressive Party (DPP) impedindo à Comissão Eleitoral Malawiana (MEC) de embarcar numa recontagem de votos devido a uma alegada fraude.
Cerca de uma dezena de juristas dirigiram-se ao Tribunal Supremo de Lilongwe para contestarem à decisão do juiz Lloyd Muhara de garantir ao DPP uma liminar, forçando o MEC a anunciar os resultados dentro de oito dias.
Na sua deliberação ontem, o Tribunal Supremo, anulou a liminar do DPP.
“Isto significa que as mãos da MEC não estão mais atadas para a recontagem”, o secretário-geral do MCP, Gustav Kaliwo disse.
Kaliwo disse que a “remoção da liminar” obtida pelo DPP irá garantir que o processo de recontagem dos votos continue.
A Comissão Eleitoral deve estar livre para continuar com o processo eleitoral com a recontagem dos votos como ficou acordado pelas partes”, disse.
A contagem provisória depois das eleições do dia 20 deverá ser seguida por uma recontagem para certificar que o resultado não é influenciado pela fraude, como tem sido alegado pelos outros participantes no processo eleitoral, incluindo a Presidente Joyce Banda, o líder do MCP, Lazarus Chakwera, e o Presidente do United Democratic Front (UDF), Atupele Muluzi.
Mas o MEC indicou que as partes, exceptuando o DPP, acordaram em auditar os votos na sequência de “serias irregularidades”.
A comissão disse que vai trabalhar independentemente, conforme estipula a Lei e vai divulgar resultados credíveis e não quer ser forçada a divulgar resultados de uma votação fraudulenta.
A recontagem não significa que a Comissão Eleitoral irá abandonar o actual exercício de contagem de votos.
“O processo avançará até ao fim, mas os resultados não serão anunciados antes de se conhecerem os resultados da recontagem e comparados com a contagem original”, disse oPresidente da MEC, Maxon Mbendera.
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