segunda-feira, março 04, 2013

RAS/’DA’ EXIGE COMISSÃO DE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR ASSASSINATO DE MOÇAMBICANO

A Aliança Democrática (DA - sigla inglesa), o principal partido da oposição na África do Sul, exige a criação de uma comissão de inquérito para investigar o assassinato pela polícia do taxista moçambicano, Mido Macia, ocorrido Terça-feira ultima em Daveyton, a mais de 20 quilómetros de Joanesburgo. 


A porta-voz para os assuntos policiais da DA, Dianne Kohler-Barnard, manifestou a repulsa do seu partido pela “brutalidade” cometida por oito agentes da lei e ordem da Africa do Sul contra o jovem indefeso.

“Queremos uma polícia que combate criminosos e não esta que assassina a inocentes, ” disse Kohler-Barnard.

Imagens captadas por um vídeo amador e que continuam a circular o mundo mostram o malogrado Macia a ser arrastado por uma viatura policial, em Daveyton, antes de morrer numa das esquadras da zona.

“A resposta do governo em relação a actuação da polícia não tem sido eficaz. É momento do Presidente, Jacob Zuma, lidar-se com as causas da brutalidade policial e não apenas com os seus sintomas,” frisou a fonte.

Notícias de Joanesburgo dizem que os oito polícias envolvidos neste hediondo crime deverão comparecer ainda hoje em tribunal para responder pelo acto vastamente condenado.

Kohler-Barnard disse que a morte do jovem taxista moçambicano ocorre pouco depois da tragédia de Marikana, na província sul-africana do Noroeste, na qual a polícia matou, a tiro, 45 mineiros grevistas.

Ela sublinhou que uma comissão de inquérito sobre a brutalidade policial é um assunto de extrema urgência.

Por seu turno, o Conselho Nacional de Sindicatos (NACTU) descreveu o incidente de Daveyton de um acto bárbaro e desumano.

O secretário-geral do NACTU, Narious Moloto, expressou a sua preocupação em relação ao sucedido, alegando que os Serviços policiais da África do Sul acomodam, nas suas fileiras, tendências criminosas.

Este sindicalista secundou a posição da ‘DA’, defendendo a necessidade de um inquérito para determinar se a polícia estará ou não apta para lidar com a sociedade. Segundo ele se fosse Ministro do Interior se demitiria depois do que aconteceu com o jovem moçambicano.

Fonte: AIM – 04.03.2013

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