A Renamo, principal partido da
oposição em Moçambique, reafirmou hoje a sua intenção de impedir a realização
de eleições autárquicas no país, ameaçando reprimir os organizadores do
processo marcado para 20 de novembro.
Falando,
hoje, numa conferência de imprensa que antecedeu uma reunião de quadros, em
Nampula, norte de Moçambique, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo,
disse que o partido está atento e preparado para reprimir qualquer
movimentação, no território nacional, dos membros do governo ou da Comissão Nacional de Eleições, sob pretexto de
estarem a organizar o processo eleitoral.
"A
Renamo não vai aceitar que nenhum moçambicano se movimente para preparar o
processo eleitoral", garantiu.
Bissopo
advertiu o governo e a Frelimo, no poder, sobre as consequências da realização
das eleições este ano.
"Não
há eleições, a Renamo não vai admitir que as eleições tenham lugar dentro da
conjuntura política actual".
A
Renamo já anunciou publicamente o seu boicote às eleições autárquicas de 20 de
Novembro, bem como às gerais do próximo ano, alegando estar agir em defesa dos
interesses do povo moçambicano.
"O
povo está cansado de ir às urnas para depois ser surpreendido com fraudes. E se
a Frelimo quiser fazer à força, terá que suportar com a reacção do povo",
disse Bissopo.
O
secretário-geral do Renamo disse que a reunião de Nampula, que junta representantes
do partido de todos os 21 distritos daquela província, pretende "afinar a
máquina ao nível de base".
LYR // JPF
Fonte: Lusa – 29.03.2013
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