quinta-feira, março 28, 2013

Expulso polícia que matou “chapeiro”

O agente da Polícia de Protecção (PP), que alvejou mortalmente o motorista do transporte semicolectivo de passageiros, na semana passada no bairro T3, Município da Matola, será expulso do Estado.


O afastamento do agente Inocêncio Francisco, 21 anos de idade, segue-se a um processo disciplinar em curso contra si.

Inocêncio Francisco era Guarda de Polícia Estagiário acabado de ingressar nas fileiras da corporação, segundo informou Pedro Cossa, porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

O guarda está detido numa das celas da 7.ª Esquadra, indiciado de homicídio, uso excessivo da força em circunstâncias plenamente descabidas, o que não faz, segundo Pedro Cossa, parte dos métodos de nenhum agente da PRM.

“Não temos nenhum agente da Polícia treinado para matar. Ele deve guiar-se por regras da corporação e com toda a sua capacidade de compreensão, tolerância e não pode ser o primeiro a exaltar-se e recorrer à força”, comentou Cossa.

Durante o habitual encontro com a Imprensa, a fonte acrescentou que do resultado do inquérito, apurou-se que Inocêncio nem se quer tinha autorização do seu superior para efectuar o disparo.

O condutor de “chapa da rota Museu-T3, Alfredo Tivane, de 31 anos, encontrou a morte cerca da 1.00 hora de madrugada da quinta-feira quando, no fim de mais uma jornada, ia parquear a viatura, de marca Toyota Hiace, na 7.ª esquadra da Polícia, altura em que foi interpelado por três agentes da corporação.

Os polícias, que na altura se faziam transportar numa viatura pertencente àquela subunidade policial, bloquearam o “chapa” e acusaram o jovem de fazer ralis, tendo-o exigido três mil meticais para não o deter.

Na tentativa de negociar a redução do valor que os polícias o queriam extorquir, os agentes não aceitaram a proposta do condutor. Este engrenou a retaguarda, mas quando ia arrancar um dos agentes alvejou-o a tiro na cabeça. Já ferido, a viatura que conduzia foi embater numa pequena mercearia, imobilizando-se. Na altura, o jovem fazia-se acompanhar pela namorada que deu a conhecer o facto à família.

Fonte: Jornal Notícias – 27.03.2013

6 comentários:

Reflectindo disse...

1. Era três polícias e só um é preso e expulso!!!

2. O sacrificado é expulso e não julgado.

3. São agentes do Estado Mocambicano e parece que este quer ilibar-se do crime.

Anónimo disse...

O sacrificado é expulso e abre-se um processo disciplinar contra este. Vamos seguir o caso e ver onde e como terminará. "Vamos acreditar na justiça moçambicana".

A. Meponda

Reflectindo disse...

"Abílio"

Eu acreditaria nessa justica mocambicana se;

a) esta afirmacão fosse connvincente. Os três pontos que coloquei não têm resposta ainda.

b) este caso fose isolado. Já há muitos casos em que morreram muitas pessoas, Aiube, Montepuez, Mocimboa da Praia, Mogincual, etc.

Como o senhor vem, já esperei bastante e saiba que não aceito mais que alguém me engane.

Anónimo disse...

Reflectindo,

Olha que não percebo qual é o problema do agente ser expulso e logo a seguir ter sido aberto um processo disciplinar para "fazer-se" a justiça. Achas que o "Estado" devia julgá-lo sem antes abris um processo para apurar a veracidade dos fatos?

Sendo este um agente da polícia, podia-se proceder como o Sr. comamndante Calau defendeu uma vez, mas estaríamos outra vez a defender um estado de direito onde os tribunais "são" autónomos.

Agora, reflectindo, como é que deveria se proceder para poderes acreditar ou convencer?

Abilio Meponda

Reflectindo disse...

"Abílio"

1. O processo disciplinar e a expulsão são a responsabilidade de quem? A instituicão onde o polícia trabalha ou o Tribunal? Veja isso no funcionalismo público. Mas até é interessante quando se diz que expulsa-se (conclusão) depois abre-se o processo disciplinar.

2. No grupo haviam três agentes da polícia, e, agora nada se fala da investigacão dos dois. Não é para ti estranho isso, sabendo-se que se se tratava de querer estorquir ao malogrado?

3. Diz a polícia que os três eram recrutas, e quem os deu armas de fogo?

4. Os recrutas foram à patrulha sozinhos?

5. O Estado, o MINT fica ilibado?

Repito, Montepuez, Aiube, Mocimboa da Praia, Mogincual, Matola são exemplos do terrorismo da PRM e sem justica. Dê-me o "camarada" os exemplos da justica.

Anónimo disse...

Nguiliche

O mais importante até é o Estado indeminizar a familia, pois o crime foi praticado por um agente do Estado actuando como. Expulsao ou condenação do policia é outra historia, pois podemos apanhar o policia em Meluco trabalhando dois dias depois da sua condenação.